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Nove anos. Esse é o tempo que a comunidade do Piquiri, às margens da BR-290, espera para ver a escola de Ensino Médio entrar em funcionamento na região. Nesta quinta-feira, o CPERS/Sindicato divulgou nota denunciando a situação.
A obra, que começou em 2012 e acabou em 2013, não teve planejamento para a construção da cozinha, despensa, área de serviços, sanitários para funcionários, refeitório, área coberta para recreação, abrigo para reserva técnica de incêndio e quadra poliesportiva. Com isso, o educandário não pode começar a funcionar por não atender o que é exigido pela legislação.
Pelos anos de obra parada, o prédio é alvo de depredações e a área ao redor está tomada pelo mato. Já foram encontrados até animais soltos pelo pátio. Na cobertura, telhas e vidros das janelas estão quebrados. Total sinal de abandono.
Enquanto isso, os estudantes do Ensino Médio precisam fazer deslocamento de cerca de 36 quilômetros de transporte escolar. Como o Ensino Médio tem turno inverso, os estudantes saem por volta das 5 horas e retornam somente por volta das 20 horas, passando o dia todo fora de casa.
Em 2018 seria a retomada da construção da escola
De acordo com comunicado da Secretaria da Educação do RS ainda no dia 17 de abril de 2018, a assinatura da Ordem de Início de Serviço (OIS) da obra de ampliação da escola.
A nota destacava que o prazo de entrega da obra concluída era de 120 dias, com o investimento do Governo do Estado de R$ 947.217,87.
A empresa F & F Engenharia e Construção Ltda., de Novo Hamburgo, vencedora da licitação para executar o serviço, desistiu. A contratada solicitou aditivo no contrato e ainda alegou haver faturas atrasadas pelo governo do estado, por isto, não continuou com a obra. Desde então, a construção está parada.
A Prefeitura passou a enfrentar uma empreitada na busca de municipalizar o prédio.
Nesta quinta-feira, o CPERS/Sindicato divulgou nota afirmando que “seguirá acompanhando de perto a situação da escola”. “É inadmissível que o dinheiro público seja desperdiçado desta maneira”, destaca o comunicado da entidade.
A Secretaria Estadual de Educação foi procurada pelo CPERS a respeito da situação. Segundo a entidade, a pasta não deu retorno sobre o assunto.