O preço dos remédios sobe até 4,33% a partir desta segunda-feira (1º). O governo federal autorizou o reajuste já a partir deste domingo (31). A decisão foi da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed). O número é acima da inflação oficial (IPCA) acumulada nos últimos 12 meses (3,89%). Diferentemente de anos anteriores, o reajuste de 2019 será linear para todos os medicamentos.
Para fazer a conta, a Cmed leva em consideração a inflação e outros fatores, como produtividade da indústria, alterações no câmbio e gastos com energia elétrica. O aumento atualiza a tabela de Preços Máximos ao Consumidor (PMC), mas não gera elevação automática nem ajustes imediatos nas farmácias e drogarias.
Conforme a indústria farmacêutica, a atualização dos preços ocorre de forma gradativa, conforme a renovação dos estoques, a demanda e a concorrência. Ainda assim, os consumidores devem agir para evitar que este reajuste prejudique suas contas. Levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que os remédios têm peso de 6% no orçamento de famílias com idosos.
Saiba como economizar na hora de comprar
– Pesquise bem os preços, usando a internet e visitando farmácias próximas ao trabalho e à residência.
– Peça ao médico que, na receita, seja colocado o princípio ativo do remédio, e não o nome comercial. Levar a receita com o princípio ativo facilita para que o farmacêutico ofereça opções fabricadas por diversos laboratórios. A diferença de preço costuma variar de 10% a 15%.
– Verifique se na farmácia escolhida há alguma forma de desconto adicional por meio de programas de fidelidade. Geralmente, medicamentos de uso contínuo têm preços mais vantajosos.
– Verifique se o medicamento que procura é disponibilizado pelo programa Farmácia Popular, que oferece remédios com preços até 90% mais baixos.
– O Ministério da Saúde também disponibiliza remédios gratuitos para diversas doenças nas UBSs, e muitas prefeituras contam com postos que usam esse sistema.