Com a proximidade das festas de final de ano, o ritmo dos negócios com arroz vem reduzindo. “No que diz respeito aos preços, depois da recente recuperação, o mercado dá sinais de lateralização, destaca o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.
Na média do Rio Grande do Sul, principal referencial nacional, a saca foi a R$ 48,08 nesta quinta-feira, com alta de 2,9% e de 19,2%, em relação ao mês e ao ano passado, respectivamente. “Estes são os maiores níveis de preços verificados desde meados de setembro de 2016”, lembra Bento.
Conforme o analista, esse comportamento é resultado de um ano de quebra de safra no Brasil, dólar valorizado e preços elevados nos Estados Unidos. O primeiro fator abriu a necessidade de comprar no exterior para completar o abastecimento. “O segundo dificultou a aquisição internacional e, junto com o terceiro, favoreceu a venda de arroz para o exterior”, acrescenta Bento. “Com isso, os preços internos tiveram suporte pelas paridades de importação e de exportação para se elevarem”, completa.
Para a retomada dos negócios a partir de janeiro, o comportamento dos preços dependerá de como as lavouras brasileiras se desenvolverão nas próximas semanas. “Se a percepção for de uma colheita sem grandes problemas, os compradores seguirão na defensiva, comprando no Paraguai – que já colhe a partir de dezembro -, e operando com estoques curtos, enquanto aguardam a colheita nacional”, finaliza Bento.