Deputados estaduais do movimento negro gaúcho encabeçam um projeto que busca mudar um trecho do hino do Rio Grande do Sul na passagem “Povo que não tem virtude / Acaba por ser escravo”. Nesta segunda-feira, a chamada “bancada negra” da Assembleia Legislativa do RS discute trechos do hino em audiência pública. Na avaliação dos parlamenatres do grupo, os versos têm conotação racista, uma vez que não teria sido por falta de virtude que os negros foram escravizados.
Por outro lado, defensores da manutenção da letra do hino pretendem votar nesta terça-feira, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) estadual para dificultar mudanças nos símbolos do RS, incluindo hino, brasão e bandeira. A proposta é do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL-RS), filho do ex-ministro de Jair Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (PL-RS).
Na semana passada, a PEC de Lorenzoni foi fundida com a do deputado estadual Luiz Marenco (PDT-RS), que prevê que os símbolos estaduais não devem ser modificados.
A bancada negra ainda defende que a revisão da letra seria uma demanda histórica.