Uma nova confissão do jovem que admitiu ter matado o taxista Paulo Rogério da Rosa Morales, de 54 anos, mudou os rumos das investigações em torno do primeiro homicídio de 2020 em Cachoeira do Sul. Autor confesso do crime, Júnior Vanderlei Viana, de 19 anos, relatou à Polícia Civil ter agido a mando de um traficante que atua em Cachoeira. O caso, que até então chegou a ser tratado como latrocínio, passa a ser investigado como homicídio qualificado, cuja pena em caso de condenação varia de 12 a 30 anos de reclusão.
Viana delatou um homem identificado como Cesaro Henrique Morinel Brandão, de 38 anos, que foi preso ainda na tarde deste sábado (1º) na casa onde reside, nas imediações do Passo do Moura. No local, agentes da Polícia Civil apreenderam 20 gramas de cocaína e uma balança de precisão. O flagrante por tráfico foi lavrado ainda neste sábado e Brandão foi recolhido ao Presídio Estadual de Cachoeira do Sul.
Brandão nega o crime. Nos próximos dias, o delegado João Gabriel Parmeggiani Pes deverá solicitar à Justiça a prisão preventiva do suspeito.
No depoimento, Viana relatou aos policiais que a recompensa pela morte de Morales seria o pagamento de R$ 1,5 mil e 50 gramas de cocaína. O jovem, que já teve passagem pelo lar transitório de Cachoeira quando era menor, atualmente mora em Santa Maria.
Ele foi preso neste sábado em operação conjunta da Brigada Militar e da Polícia Civil em Novo Cabrais, para onde fugiu e abandonou o táxi GM Spin após ter matado Morales com um corte no pescoço e jogado o taxista para as margens da BR-153, perto do trevo do Horbach. Viana cometeu o crime acompanhado da namorada, uma adolescente de 16 anos.
Após o depoimento, Viana foi recolhido ao Presídio Estadual de Cachoeira do Sul.