Polícia investiga cobrança indevida de segurados do IPE por médico de Cachoeira

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Polícia investiga cobrança indevida de segurados do IPE por médico de Cachoeira
POLÍCIA
22 de junho de 2023 - opch

Crédito: PC

O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil deflagrou na manhã desta quinta-feira, a operação “Por Fora”. Um dos alvos foi um médico de  Cachoeira do Sul, que não teve o nome divulgado. O objetivo da ofensiva é apurar crimes contra a administração pública (concussão) praticada por médicos credenciados no IPE em Bagé e Cachoeira do Sul. Os profissionais da Saúde são suspeitos de cobrarem valores dos segurados além dos repassados pela autarquia pelas consultas ou procedimentos médicos realizados. A ação foi coordenada pela Divisão Estadual de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, 1ª Delegacia de Combate à Corrupção e a 2ª Delegacia de Combate à Corrupção.

O médico de Cachoeira do Sul foi denunciado por um paciente, que procurou o IPE, alegando ter pago R$ 3,5 mil para ser operado. O delegado Augusto Zenon está designado ao caso no Município.

A ação contou com 18 agentes e dois delegados e teve apoio da Delegacia de Polícia Regional de Cachoeira do Sul (20ª DPRI) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Bagé.

Médico de Cachoeira do Sul é um dos alvos de operação da Polícia Civil

Ao todo, os agentes cumpriram seis mandados de busca e apreensão e outras quatro medidas cautelares, bem como duas suspensões judiciais da atividade profissional, ou seja, estão proibidos de exercer a medicina.

A investigação durou três meses. Após o recebimento, por meio do próprio IPE, de denúncias contra médicos credenciados que exigiam o pagamentos de valores para a realização de procedimentos médicos, a Polícia Civil instaurou inquéritos para a apuração do caso. Conforme relatos de pacientes, os pagamentos variavam de R$ 1 mil a R$ 9 mil. Na maior parte, o pagamento era feito em dinheiro, na própria clínica ou ainda diretamente para os médicos.


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Para justificar a cobrança, a argumentação indicava pagamento de instrumentos operatórios, pagamento de anestesia e ainda aluguel da sala de cirurgia. A investigação identificou  paientes que contraíram empréstimos para terem condições de arcar com a cobrança.

Entre as provas dos atos, comprovantes de depósitos bancários, via PIX, diretamente para as contas dos médicos.