Crédito: Emerson Santos/Prefeitura Municipal de Campo Bom
Planejamento Sexual e Reprodutivo na Atenção Primária à Saúde (APS) e a experiência exitosa de ampliação da inserção do Dispositivo Intra Uterino (DIU) em Campo Bom foram os temas abordados durante a última live da série “Saúde da Mulher, para além do Sistema Reprodutivo”. A transmissão foi realizada na quinta-feira, pelo canal Youtube da UNISC ao vivo.
As lives foram promovidas em parceria entre a Secretaria Estadual da Saúde (SES), Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) e Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) no Projeto Redes Inovadoras de Tecnologias Estratégicas (RITEs/FAPERGS).
Conforme a coordenadora da APS da Secretaria Estadual da Saúde, Janilce Dorneles de Quadros, o papel dos profissionais de saúde da Atenção Primária do Sistema Único de Saúde (SUS) é abordar a questão sexual com usuários do SUS em todos os ciclos de vida, livre de estigmas e de preconceitos. “Olhar a pessoa como um todo, orientar e desfazer mitos e tabus a partir de uma abordagem integral e pautada na promoção de vínculo”, afirmou. A coordenadora citou pontos importantes da abordagem, como identificação de doenças ginecológicas, urológicas, diabetes e hipertensão, notificação de violências, prevenção a IST/Aids e orientações e aconselhamento sobre métodos contraceptivos.
A identificação das mulheres em idade fértil, com informações sobre raça, cor, etnia, escolaridade e renda também fazem parte do diagnóstico do território de atuação dos profissionais de Unidades de Saúde e Estratégia de Saúde da Família(ESF). “Ações de educação em saúde sexual e reprodutiva em grupos ou individuais nos diversos espaços da comunidade, como escolas, igrejas, domicílio são importantes para promover o conhecimento sobre a temática além do empoderamento das mulheres sobre o seu corpo e a sua vida”, salientou.
A coordenadora de Saúde da Mulher de Campo Bom, médica Nadiessa Dorneles Almeida, falou sobre a utilização do DIU como método contraceptivo, que possui poucas contraindicações. “É preciso facilitar o acesso das mulheres a esse método, sem burocracia e exames desnecessários”. A médica informou que para pacientes assintomáticas é indicada a realização do exame pélvico cervical, avaliação de risco de Infecção Sexualmente Transmissível, história médica da mulher e exame físico.