A crítica ao cenário musical é severa. Um dos atuais ícones que motivam asco aos descontentes é a tal “Piscininha, amor”. A história até é bonita. Fala de um casal apaixonado que pretende namorar em uma piscina. Independente do gosto (ou falta dele) musical, o fato é que a canção está repetidas vezes nas programações radiofônicas pelo país. Que não sejamos duros ao ponto de perder até mesmo a capacidade humana de sorrir ao ouvir o refrão. Piscininha, amor. Piscininha, amor.
Cabe ressaltar ainda a humildade do autor da obra artística. Para ser feliz, ele quer apenas uma “piscininha”. Pode ser de plástico mesmo. Bem diferente de outras piscinas que podem ser vistas em casas de Cachoeira do Sul, por exemplo. Sim. Tem cachoeirense que ama uma piscina. Não piscininha. Muito menos de plástico. Aliás, viabilizar obras assim exigem material apropriado. E material apropriado não voa. Nem vem andando. Precisa ser transportado. Diferente de um alfinete que cabe no bolso, o material necessário para construir uma piscina chama atenção. Ainda que insistam em dizer que ninguém viu. Ninguém sabe. Não está gravado. E se não está gravado… Não existe.
Obras. Material. Carga. Transporte. Cachoeira do Sul. Que coincidência, não? Uma denúncia que explodiu na última semana trazia exatamente os mesmos elementos. Mas com uma diferença. Veio junto com gravações em vídeo. Houve algo irregular ou não? Que o direito ao contraditório e o trabalho do grupo de sindicância possam resultar na resposta. Mas que não pare. E que haja respeito com a população. Se a denúncia for confirmada, os cachoeirenses são as vítimas. Para a verdade prevalecer, uma atitude precisa ser tomada: puxar o fio. As mãos que farão força não devem ser apenas do grupo que atua na sindicância interna na Prefeitura. Que sejam do Ministério Público. Da Câmara de Vereadores. Da população cachoeirense. Na pescaria, ao puxar a linha, o peso pode indicar o tamanho do peixe. No caso em questão, no outro lado do fio pode ter uma piscininha, amor. Com uma jabulani boiando.