24 de novembro de 2021 - Cleo Boa Nova

Uma das situações que mais costumam surpreender, decepcionar e indignar a muitos de nós, é quando algo extremamente desagradável ocorre com alguém a quem conhecemos e que sempre se mostrou bondoso, gentil e solidário em suas palavras e ações para com todas as pessoas.

Em casos assim é comum ouvirmos falar, ou até falarmos, coisas do tipo “Não é possível que algo tão terrível aconteça a uma pessoa tão boa”, ou, “Isso é uma grande injustiça”, entre outras manifestações de repúdio e contestação que possam nos fazer crer que a vida seja realmente injusta.

Mas não há injustiça em nada do que aconteça com alguém, pois como bem disse Jesus Cristo “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Ou seja: a vida é tão justa que só podemos colher o que nós mesmos plantamos.

Ôpa… Mas a pessoa no caso não plantou só o bem? Em parte, sim.

Acontece que as nossas palavras e os nossos atos, como refere o exemplo acima, são apenas uma parte do plantio que fazemos para merecer as nossas justas colheitas, porém é fundamental considerar também o poder decisivo dos nossos pensamentos e dos nossos sentimentos para decretar a realidade que atraímos.

Assim nós plantamos o que colhemos integralmente através do que pensamos, do que sentimos, do que falamos e do que fazemos. E colhemos esse plantio por meio de tudo o que nos acontece em forma de situações, de pessoas, de coisas e de fatos. É justo e simples assim.

Voltando às pessoas boas, que passam a vida inteira fazendo o bem aos outros, elas agem assim, normalmente, por cultivarem a orientação religiosa de que devemos sempre servir ao próximo como missão divina, o que é extremamente louvável, perfeito e exemplar.

Só que algumas dessas pessoas, com base nas suas convicções conservadoras de vida, expressam pensamentos e sentimentos que não são percebidos por ninguém, como o são suas palavras e atos, mas que se apresentam carregados de revolta, de preconceitos e de rejeição a novos tipos de comportamento social…

Dessa forma vão alimentando ressentimentos profundos para com a sociedade como um todo. E essa vibração destrutiva, esse alto nível de frustração e indignação íntimos, vão sendo por elas semeados durante anos inclusive até gerarem uma realidade condizente com essa mesma vibração negativa, que se manifesta através de determinados infortúnios e sofrimentos para si.

É claro que as pessoas que praticam o bem por suas palavras e atos também atraem situações que condizem com o que é bom e agradável, sim, de acordo com o justo grau de seu merecimento.

Ideal mesmo é que todas as pessoas que são boas para com os outros passem igualmente a ser boas para com elas próprias, praticando o que é positivo, amável e prazeroso não apenas no que falam e fazem, mas também no que pensam e sentem.

 

O melhor de tudo é que a gente tem opção. A começar por concordar ou não com as afirmações acima.

Ótima semana, queridos leitores e leitoras!

Cleo Boa Nova é publicitário, palestrante, escritor, músico e comunicador, autor dos livros “A Nossa Vida é a Gente Quem Cria. Senão Não Seria a Nossa Vida.” e “Viva Feliz o Dia de Hoje. Viva!” e autor-intérprete do CD “Paz e Alegria de Viver”.