Uma das situações que acontecem a nossa volta e que mais costumam surpreender, decepcionar e indignar a muitos de nós, é quando algo extremamente desagradável ocorre com uma pessoa a quem conhecemos, ou de quem ouvimos falar, e que sempre se mostrou bondosa, amável e solidária em suas palavras e ações para com os outros. Imagino que cada um de nós, ao sabermos de casos assim já escutamos, ou mesmo dissemos, coisas do tipo “Não é possível que algo tão ruim aconteça a uma pessoa tão boa”, ou, “Isso é uma grande injustiça”, entre outras manifestações de repúdio e contestação que possam nos fazer crer que a vida seja injusta. Mas não há injustiça em nada do que aconteça com alguém, pois como bem disse Jesus Cristo “A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”. Ou seja: a vida é tão justa que só podemos colher o que nós mesmos plantamos. Injusto seria se tivéssemos que colher o que outras pessoas plantaram, não é mesmo?
É que as nossas palavras e os nossos atos, conforme refere o exemplo acima, são apenas uma parte do plantio que fazemos para merecer as nossas colheitas, pois é fundamental considerar ainda o poder decisivo dos nossos pensamentos e dos nossos sentimentos para decretar a realidade da nossa vida. Portanto, nós plantamos o que colhemos através do que pensamos, do que sentimos, do que falamos e também do que fazemos. E colhemos o que plantamos por meio das situações, das pessoas, das coisas e dos fatos que chegam a nós, ou seja, por tudo o que nos acontece. É justo e simples assim.
Voltando às pessoas boas, que passam a vida inteira fazendo o bem aos outros, elas agem assim normalmente por cultivarem a orientação religiosa de que devemos sempre servir ao próximo como missão divina, o que é extremamente louvável e exemplar, só que algumas dessas pessoas, com base nas suas convicções conservadoras de vida expressam pensamentos e sentimentos que não são percebidos por ninguém, mas que se apresentam carregados de revolta, de preconceitos e de rejeição a novos comportamentos sociais, principalmente, alimentando ressentimentos profundos para com a sociedade como um todo. E essa vibração destrutiva, esse alto nível de frustração e indignação íntimos, vão sendo por elas semeados, durante anos, até gerarem uma realidade condizente com essa mesma energia negativa, que se manifesta através de infortúnios e sofrimentos para si, conforme citado na introdução. É claro que essas pessoas também atraem durante suas vidas situações que condizem com o que é bom e agradável, de acordo com o justo grau de seu merecimento.
Desejo sinceramente que as pessoas que são boas para com os outros sejam sempre boas para consigo de forma igual, praticando o que é positivo e amável não apenas em palavras e atos, mas em cada um de seus pensamentos e sentimentos também.
O melhor de tudo é que a gente tem opção. A começar por concordar ou não com as afirmações acima.
Ótima semana, queridos leitores e leitoras!
Cleo Boa Nova é publicitário, palestrante, escritor, músico e comunicador, autor dos livros “A Nossa Vida é a Gente Quem Cria. Senão Não Seria a Nossa Vida” e “Viva Feliz o Dia de Hoje. Viva!” e autor-intérprete do CD “Paz e Alegria de Viver”.