A Polícia Civil já colheu mais de dez depoimentos no inquérito que apura o assassinato da freira Maria Ana Dal Santo, 79 anos. A religiosa cuidava de uma irmã que está internada em um lar de idosos em Paraíso do Sul. O crime – que causa comoção na comunidade de São João do Polêsine desde o último domingo (17) – ocorreu em uma residência na localidade de Linha da Glória. O corpo foi sepultado no cemitério do Distrito de Vale Vêneto. Maria era natural de São João do Polêsine.
A freira foi morta com um golpe de objeto cortante na nuca. A principal suspeita é de que ela tenha sido vítima de homicídio. A tese de latrocínio (roubo seguido de morte) perdeu a força, pois nada foi levado dela. A irmã Rosa Isabel Dênis, coordenadora da Casa de Retiros da Congregação do Imaculado Coração de Maria, encontrou o corpo. A vítima estava sozinha na residência da irmã quando foi assassinada.
A freira morava em Iporã (PR) e estava de passagem por São João do Polêsine.
Em cima da mesa da sala estavam o celular da freira e uma bolsa com R$ 6 mil em dinheiro.
A fase de coleta de depoimento segue em andamento.
NOTA
Por meio de nota, a Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria se manifestou sobre a morte de Maria Ana Dal Santo. Confira:
Queridas Irmãs do Imaculado Coração de Maria, parentes e amigos, notifico que a Irmã Maria Ana Dal Santo foi encontrada morta na tarde do domingo 17/01/2021, pela Irmã Rosa Isabel. De acordo com o laudo pericial, sua morte foi por degolamento, com golpes deferidos na nuca pegando a região do pescoço. Na segunda-feira, 18/01, realizou-se o ato fúnebre coroado com a celebração Eucarística na Igreja Matriz de Vale Vêneto, local de seu sepultamento.
Ir. Ana estava na localidade de Linha da Glória, interior do município de São João do Polêsine, sua terra natal, porém morava em Iporã, no Paraná, onde realizava sua missão na Escola Nossa Senhora Aparecida. Ela estava em casa de sua irmã Malvina Dal Santo, auxiliando-a, pois a mesma está internada em uma clínica na cidade de Paraíso do Sul.
Não conhecemos nenhum desafeto da Irmã nessa região, portanto, não sabemos o motivo que ocasionou sua morte. No momento, aguardamos as investigações da polícia para que possamos conhecer a realidade no seu conjunto. Somente após encontrar com a Irmã Rosa, testemunha primeira, nos foi possível dar informações. Acontecimentos como esse, envolvendo a polícia, se faz necessário resguardar especulações, comentários inoportunos e falta de conhecimento dos fatos.
Agradecemos as orações, sintonia, a solidariedade com a Congregação, e sobretudo com a Comunidade das Irmãs em Iporã/PR, nesse momento de dor, indignação, sofrimento, porém, de esperança na ressurreição do Senhor. Nossa consolação está na nossa fé, a Trindade Santa é a nossa morada. Um abraço.
Irmã Maria Freire da Silva
Diretora Geral
Congregação das Irmãs do Imaculado Coração de Maria