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OC na Capital do Poder: Uber já virou rotina em Brasília

Na segunda reportagem da série “OC na Capital do Poder”, a pauta fica por conta de um tema bastante atual e que suscita cada vez mais debates. Até Cachoeira do Sul vive a efervescência do assunto: mobilidade urbana. Aliás, Brasília parece estar sempre alguns passos na frente, uma vez que aliou o tema com outra pauta pulsante nos dias atuais: tecnologia. O resultado vem em forma de um aplicativo que invadiu a realidade da população brasiliense: Uber. “Hoje nem vale mais a pena ter carro. Só se for para trabalhar assim igual a mim”, comentou um dos motoristas que utilizam o aplicativo, José Carlos, enquanto seguia trajeto nas largas vias da Capital Federal. “Todo dia, eu faço corrida para cliente que experimenta o serviço pela primeira vez”, salientou outro condutor, Júlio César.

Durante a saída do aeroporto para um hotel de Brasília, outro motorista que usa o aplicativo, Serafim Marcos, confidenciou para a reportagem do OC que age de uma maneira especial sempre que busca algum cliente no local. “Existe ainda preconceito com a gente. Sempre tem que ficar atento. Podem abordar e vão inventar alguma coisa”, comentou sobre o trabalho de órgãos públicos e até taxistas que atuam junto ao Aeroporto de Brasília.


Usuário de aplicativo recebe localização do motorista cadastrado mais próximo, tempo estimado para sua chegada e até valor da corrida / Foto: Reprodução/OC Digital

Um ano após a liberação e fixação de regras sobre a circulação de carros de aplicativos de transporte, o Distrito Federal já contava com cerca de 22 mil motoristas cadastrados. Ou seja, seis vezes mais do que as 3,4 mil permissões de táxi operando e uma média de um em cada 80 carros registrados na capital do Brasil.

Outros aplicativos famosos do segmento utilizados com frequência em Brasília, segundo os motoristas do Uber, são Cabify e 99.

Serviço de táxi convencional e motorristas de Uber ainda buscam relação mais amena na Capital Federal / Foto: OC

Pelas regras atuais, um motorista que fizer o cadastro do Governo poderá dirigir para qualquer uma de essas empresas. Isso faz com que boa parte dos motoristas opte por atender várias companhias ao mesmo tempo. Por outro lado, o Governo não tem o registro de quantos trabalham em mais de uma.

Além de autorizar a circulação dos carros, a regulamentação também trouxe previsão de multa em caso de irregularidade. Um exemplo é quando o motorista circula sem ser cadastrado corretamente ou não tem “ficha limpa”.

Segundo registros oficiais, foram aplicadas 48 multas em 1 ano. Os valores vão de R$ 200 a R$ 2 mil, para o motorista, ou de R$ 50 mil a R$ 5 milhões, para a empresa.

Apesar das distâncias longas percorridas nas viagens feitas, a reportagem desembolsou valores que variaram de R$ 13,54 a R$ 20,22. As cobranças bem menores do que seriam caso a opção tivesse sido pelo serviço de táxi. A diferença é outro atrativo para os aplicativos.

Número de motoristas cadastrados chama atenção em Brasília / Foto: OC

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