Nada. Sim. Você já começa sabendo a resposta da pergunta. Nada existe por trás do Rotativo. É mais simples do que parece. Não tem mais vagas. Precisamos pensar em uma solução. O Rotativo pode ser que resolva. Vamos tentar. O fato é que algo tem que ser feito. E é exatamente por isso que precisa ser cercado de cuidados.
A lista de precauções deve incluir uma mesma base: transparência. Simples. Mas nem tanto. A simplicidade exige detalhes. Detalhes. Detalhes. E se precisar desenhar, desenha. Não pode haver dúvidas. Qualquer fresta pode ser motivo de suspeita. Por vezes, o óbvio precisa ser dito. Por exemplo: como será o controle do sistema? O melhor é sempre acreditar na honestidade imperando. Mas se existe a possibilidade de burlar os números, o ponto merece atenção. Outra: quais critérios? Quanto mais específico for o edital, mais polêmico será. Sim. Explico: não faltarão dedos acusadores e gritos sobre direcionamentos. Imagine que uma das exigências hipotéticas seja que a empresa apenas estará apta a concorrer se tiver endereço na “Rua 6 de Agosto” e ter no nome as letras “F”, “U” ou “B” (nomes fictícios, obviamente). Ou ainda que a concessionária deverá prestar o serviço de mecânica, caso o veículo tiver problemas. Cabe o fundamental exercício de reflexão. Quantas empresas atenderão a tantas limitações? Possivelmente, apenas uma. Vai parecer armação. Esse cuidado vale para a Prefeitura e para a Câmara, lógico.
Quem deve ganhar? A empresa que cobrar menos? A que tiver mais experiência? Não deveria. Melhor que fosse um grupo de Cachoeira do Sul com conhecimento sobre a realidade local. Seria até mais fácil para a Prefeitura resolver alguma questão, se fosse preciso. Além, claro, do dinheiro que iria circular dentro do Município de alguma forma. Mas isso é apenas torcida mesmo. Tomara.