O peruano Paolo Guerrero completa, em julho, oito anos desde que chegou ao futebol brasileiro. Contratado pelo Corinthians em 2012 e hoje defendendo o Internacional, o atacante quer fazer de 2020 um ano histórico. Além de buscar o título da Libertadores pelo Colorado, ele também sonha em vencer a Copa América pelo Peru. A derrota para o Brasil na temporada passada até hoje não desceu para o craque.
São mais de 18 anos de carreira, sendo boa parte desse tempo jogando no futebol alemão e também no brasileiro. Após surgir no Alianza Lima, Guerrero passou pelo Bayern de Munique e também pelo Hamburgo, ambos na Alemanha. Em 2012, o Corinthians apostou no atacante, como mostram os dados do portal Transfermarkt, e pagou R$ 7,5 milhões pelo reforço. A resposta foi positiva, com ele marcando o gol do título alvinegro no Mundial de Clubes.
Após uma rápida passagem pelo Flamengo, o peruano chegou ao Internacional em 2018 e mostrou fome por títulos. Entretanto, o ano passado terminou sem conquistas coloradas, e a vontade de vencer só cresceu para 2020. A estreia do jogador na fase de grupos da Libertadores prova isso. O Inter fez 3 a 0 na Universidad Católica e o atacante marcou duas vezes. Um sinal de que esse time pode ir longe no torneio.
Outro bom sinal foi a melhora do elenco sob o comando de Eduardo Coudet. Como mostra a reportagem do portal UOL, o Internacional conseguiu evoluir fora de casa e atingiu 60% de aproveitamento nestes primeiros jogos. Fazer bons resultados longe do Beira-Rio é essencial se o objetivo do time é conquistar a Libertadores. A dificuldade, entretanto, fica pela disputa contra o Grêmio na fase de grupos, já que os dois estão na mesma chave.
O ano de Guerrero
A cabeça de Paolo Guerrero não fica apenas no Internacional. Com 36 anos e cada vez mais perto da aposentadoria, o atacante sonha em terminar a carreira conquistando algo com o Peru. Em 2019, isso quase aconteceu na Copa América, como lembra a cobertura do Globoesporte. A equipe conseguiu chegar até a final, mas acabou derrotada pelo Brasil por 3 a 1, com o atacante marcando o único gol peruano. Uma nova chance vai acontecer neste ano, com a 47ª edição do torneio confirmada.
O Peru foi sorteado na chave Zona Norte, ao lado de Colômbia, Brasil, Qatar, Venezuela e Equador. A estreia será no dia 14 de junho, no Estádio Atanasio Girardot, contra a única equipe de fora da América do Sul. Apesar de ter chegado na final em 2019, o Peru não está entre os favoritos ao título. No dia 6 de março, as projeções de apostas da plataforma da Betway apontavam que a equipe de Guerrero aparecia com apenas 3,8% de chance de título, longe das cotações de Brasil e Argentina.
Pelo lado individual, o atacante Guerrero pode subir no ranking de artilheiros da Copa América. Segundo números do portal Gazeta Esportiva, o atacante está entre 10 maiores goleadores da competição com os 12 gols marcados. O líder da lista é o ex-jogador Zizinho, que defendeu o Brasil entre 1942 e 1953. Ele marcou 17 gols na Copa América, mas pode perder a liderança para Guerrero.
Título do Gauchão
Antes de pensar na Libertadores, o Internacional precisa voltar a conquistar títulos. Ano passado, o time chegou perto na Copa do Brasil. Entretanto, a derrota para o Athlético Paranaense, no placar agregado de 3 a 1, destruiu o sonho colorado. Agora em 2020, antes da Libertadores, o Colorado tenta vencer o Campeonato Gaúcho, algo que não acontece desde os títulos consecutivos de 2011 até 2016.
O problema é que o início da disputa não foi dos melhores. No 1º turno do Gauchão, o Internacional acabou eliminado pelo Grêmio nas semifinais, após derrota por 1 a 0. Assim, a equipe precisa vencer o 2º turno para se garantir na final contra o Caxias. Uma tarefa que não será fácil, principalmente em disputa contra o rival tricolor. Porém, é um bom teste para as decisões que vão acontecer na Libertadores.
Paolo Guerrero será essencial em todas essas disputas e pode fazer a diferença, assim como já aconteceu na primeira partida da Copa Libertadores. O atacante também pode usar o Inter como uma preparação para a Copa América, onde deve se despedir da seleção peruana. Um ano com muitos objetivos, e que vai trazer muitas emoções aos torcedores, seja do Internacional ou então do Peru.