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Novo Cabrais: mães de crianças autistas compartilham experiências e desafios

Crédito: Ass. Com.

Crédito: Ass. Com.

O Centro de Atendimento Especializado Edmundo Fontoura da Motta, em Novo Cabrais, sediou uma roda de conversa com mães de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Sob o tema Trocando Experiências, o evento reuniu mães, especialistas e educadores para discutir questões importantes relacionadas ao autismo e outras necessidades especiais.

A roda de conversa contou com a presença de autoridades e especialistas em Educação Especial, incluindo a secretária de Educação Rosana Cristina Kohls, professora Suzemar Camponogara e a fonoaudióloga Luísa Falcão, do Centro de Atendimento Especializado e equipe. Também estiveram presentes a coordenadora do CRAS, Nívia Duarte, a diretora da EMEI Nossa Senhora de Fátima, Arlesiane Marques, e Júlia Lied Pasqualini, oficial legislativo da Câmara Municipal de Vereadores de Novo Cabrais.

O momento foi oportuno para esclarecer como o serviço especializado auxilia estudantes com autismo e outras necessidades especiais junto às escolas do município. Ao final, o grupo entregou mimos para as participantes.

Entre os convidados especiais, estavam a professora Ketrin Dressler de Sobradinho e o grupo Mandala de Candelária, que enriqueceram a discussão com suas perspectivas e experiências. A data foi especialmente significativa por ser próxima ao Dia do Orgulho Autista, comemorado em 18 de junho.

A importância do atendimento especializado

Luísa Falcão destacou a importância do serviço de fonoaudiologia, psicopedagogia e atendimento educacional especializado, que funcionam por encaminhamento das escolas. “Cada escola tem uma lista de alunos com laudo de necessidades especiais. Muitas crianças têm laudo de autismo, que representa a maioria dos atendimentos. A escola complementa esse acompanhamento. Todas as crianças têm direito à aprendizagem, mas nem todas aprendem da mesma forma, então temos que dar um suporte diferenciado a elas”, explicou.

A fonoaudióloga ressaltou a importância do suporte diferenciado, especialmente para crianças com dificuldades de comunicação e sensibilidade. “Nosso trabalho visa facilitar a aprendizagem e criar uma ponte entre escola e família, buscando sempre a autonomia das crianças. A intervenção precoce, desde os anos finais da creche, é crucial para o desenvolvimento delas”, enfatizou.

Escuta ativa e troca de experiências

O evento foi um espaço de escuta ativa, onde as mães puderam compartilhar suas experiências e encontrar apoio em outras famílias que enfrentam desafios semelhantes.

Arlesiane Marques, diretora da EMEI Nossa Senhora de Fátima, reforçou a importância da iniciaitva. “Foi um momento lindo, de muita emoção e troca de experiências. Como educadora, foi muito enriquecedor ouvir mães e profissionais, exercitando a empatia. Apesar de todo o suporte oferecido, o dia a dia é sempre desafiador”, apontou.

Kétrin Drescher, mãe atípica de Mateo Drescher Secretti, de cinco anos, também participou, trazendo sua vivência pessoal. “Vim para conversar com as mães, compartilhar minha experiência e as ações que faço em casa. Foi um momento valioso de troca e apoio mútuo”, compartilhou.

Próximos passos

A secretária de Educação, Rosana Cristina Kohls, anunciou que a segunda roda de conversa já está agendada para o início de agosto. “Esse é um movimento que começou com grande sucesso e continuará. Queremos ouvir relatos e pensar em como podem auxiliar no desenvolvimento de seus filhos, promovendo uma educação inclusiva para todos”, destacou.

 

Texto e mídia: Gabriel Rodrigues

Edição: Assessoria de Imprensa

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