Nível do Rio Jacuí cai 2,7 metros e já preocupa

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Nível do Rio Jacuí cai 2,7 metros e já preocupa
CACHOEIRA DO SUL
24 de outubro de 2022 - rio jacuí 23-10 I

Rio Jacuí: diminuição do nível a quase 60 dias do início do verão demanda práticas voltadas ao uso racional da água / Foto: Milos Silveira/OC

 

Informativo eletrônico diário enviado pela coordenação da Defesa Civil Municipal de Cachoeira do Sul indica que o nível do Rio Jacuí está a 2,7 metros abaixo do normal. A medição é feita junto a uma régua nas eclusas da Ponte-Barragem do Fandango.

Pela última aferição, divulgada no final de semana, a montante do Rio Jacuí está com 15,33 metros acima do nível do mar, enquanto o nível normal é de 18 metros. De acordo com o coordenador da Defesa Civil Municipal, Edson das Neves Júnior, a situação preocupa principalmente pela época do ano, quando faltam praticamente 60 dias para o início do verão, e a previsão de estiagem pelo terceiro ano consecutivo no Rio Grande do Sul. “É importante que a população já comece a adotar práticas voltadas ao uso racional de água potável”, salienta Júnior.

LA NIÑA NO RS

Para este verão, está prevista a predominância do fenômeno climático La Niña, que é marcado por chuvas abaixo da média no Hemisfério Sul e extremos no clima, como frio tardio e também fortes ondas de calor, o que contribui para evaporação da água tanto do solo quanto de reservatórios, como açudes e rios, o que ocasiona secas severas. O La Niña é um fenômeno que produz resfriamento em grande escala das águas superficiais nas partes central e leste do Pacífico equatorial.

Por causa do fenômeno, o Estado deve ser impactado pela passagem rápida de frentes frias, com chance de geadas tardias, especialmente em outubro e início de novembro, e chuvas abaixo da média.

O prognóstico climático para o trimestre outubro-novembro-dezembro de 2022 indica condições de precipitação pluvial abaixo da média para todo o Estado, com desvios negativos variando entre 100 e 200 mm na maioria das regiões. Nos meses de outubro e novembro, os maiores desvios negativos de precipitação ocorrem principalmente entre o centro-norte e noroeste do Rio Grande do Sul, enquanto que, em dezembro, as áreas mais atingidas pelos déficits de precipitação ocorrem especialmente no centro para o sul do Estado.

Em relação às temperaturas do ar, o mês de outubro deve ser marcado por anomalias negativas de temperatura. Nos meses de novembro e dezembro, as temperaturas devem estar mais próximas da média histórica.

O boletim destaca que entre novembro e dezembro, em virtude do predomínio de tempo seco no Estado, deve haver uma maior amplitude térmica, ou seja, temperaturas mínimas podem ficar um pouco abaixo, enquanto que as máximas podem ficar acima da média.