O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou nesta quarta-feira (6), quatro pessoas pelo homicídio qualificado de uma mulher de 58 anos, ocorrido no dia 10 de fevereiro deste ano na cidade de Formigueiro. Um dos denunciados é um cachoeirense. A vítima foi morta durante um ritual realizado que terminou em um cemitério. Os quatro investigados estão presos.
O promotor de Justiça Fernando Mello Müller, responsável pela denúncia oferecida ao Poder Judiciário, diz que as qualificadoras são motivo torpe, emprego de asfixia, mediante tortura, praticado à traição e com recurso que dificultou a defesa da vítima. A mulher, durante o ritual, chegou a ser crucificada. Por fim, o promotor solicitou uma indenização de R$ 300 mil para a família dela.
“O crime praticado pelos quatro réus foi estarrecedor, com requintes de crueldade extrema, brutalidade dificilmente vista. Foi um delito que provocou grande repercussão e comoção social, não só em Formigueiro, mas também nas demais cidades da região e em todo o Estado. Portanto, o MPRS apresentou o caso ao Poder Judiciário, por meio da denúncia e aguarda a tramitação judicial até final do julgamento e condenação pelo Tribunal do Júri” – promotor de Justiça Fernando Mello Müller
Quem é o cachoeirense denunciado pelo MP
Francisco da Rosa Guedes, o Chico, de 65 anos, é apontado como o “pai-de-santo” responsável pelo funcionamento do local que seria um centro religioso no interior do cemitério onde aconteceu o ritual macabro.
Além do cachoeirense, outros dois homens e uma mulher estão presos desde o dia do crime. Os quatro foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que impediu ou dificultou a defesa da vítima.
O ritual teria sido praticado atendendo pedido do marido e do filho de Zilda Correa Bitencourt, 58 anos. Segundo a família, a vítima sofria há mais de 20 anos com duas entidades que estariam incorporando nela.
O laudo da necropsia indicou que Zilda morreu por ferimentos provocados através de um instrumento contundente. Conforme apurações da Polícia, a mulher foi alvo de pauladas desferidas durante o ritual. Dois suspeitos admitiram que agrediram Zilda com a intenção de expulsar espírito que estaria na mulher. Ainda de acordo com os relatos, os agressores não lembrariam do ato com exatidão, uma vez que também estariam com entidades incorporadas.
Os demais indiciados são Jubal dos Santos Brum, Larry Chaves Brum e Nayana Rodrigues Brum (os dois últimos, filhos de Jubal). Já marido e filho de Zilda não foram indiciados no inquérito policial.
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