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Morre cachoeirense Marco Antônio Raupp, ministro do governo Dilma

Crédito: Claudio Vieira/PMSJC

O ex-ministro do Governo de Dilma Roussef, cachoeirense Marco Antônio Raupp, 83 anos, faleceu na manhã deste sábado. Matemático, Raupp atuou como diretor geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), e foi presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Também foi ministro de Ciência e Tecnlogia do Governo Dilma até 2014. Natural de Cachoeira do Sul, ele vivia em São José dos Campos, no Vale do Paraíba.

A Prefeitura de São José dos Campos decretou luto oficial de três dias pelo seu falecimento. Atualmente, Raupp era diretor do Parque Tecnológico, o qual ajudou a criar.

Raupp ainda foi presidente da Agência Espacial Brasileira.

Seu boletim médico indica a causa da morte relacionada com insuficiência respiratória aguda, decorrente de um tumor cerebral.

Raupp nasceu em 9 de julho de 1938 em Cachoeira do Sul. Saiu da cidade para cursar o ensino médio em Porto Alegre, onde também fez faculdade de física. Fez mestrado em matemática na Universidade de Brasília e doutorado na mesma área na Universidade de Chicago (EUA).

Foi livre-docente pela Universidade de São Paulo, onde atuou como professor associado do Instituto de Matemática e Estatística.

“Perde a ciência e a inovação. Ser humano ímpar, Marco Antonio Raupp é um ícone em nosso pais, responsável por atos arrojados, e deixa um legado de desenvolvimento tecnológico e o respeito de todas pessoas que, assim como ele, tinham a dedicação em aprender sempre. Raupp conseguia entender as dificuldades e necessidades de startups a multinacionais, agia sempre em busca de levar a tecnologia como um diferencial e fez do PqTec o maior e mais respeitado parque do Brasil” – Marcelo Nunes, diretor-geral do PqTec

Raupp foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação de janeiro de 2012 a março de 2014.

Enquanto ministro e no tempo em que esteve à frente do Parque Tecnológico, articulou a criação de mais de 1,3 mil novas vagas de ensino superior públicas em São José dos Campos, cidade onde viveu por 36 anos. Também como ministro, criou a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), em 2013.

Como diretor-geral do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 1985 a 1989, criou o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Também foi responsável pelo acordo de cooperação entre Brasil e China, em 1988, para o desenvolvimento dos satélites CBERS-1 e CBERS-2, pioneiro entre as parcerias espaciais somente de países do hemisfério Sul. Por esse feito, recebeu no mesmo ano o título de Comendador da Ordem de Rio Branco, concedido pelo Ministério das Relações Exteriores. Também implantou em tempo recorde o Laboratório de Integração de Testes, onde foram integrados e testados vários satélites nacionais e internacionais, como os últimos a serem colocados em órbita, o CBERS-4 A e o Amazonia 1

Marco Antânio Raupp foi membro titular da Academia Internacional de Astronáutica e tinha os títulos de Comendador da Ordem do Rio Branco, Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e Oficial da Ordem do Mérito das Forças Armadas.

“A vida de um homem é o resultado das suas obras. Nesse sentido, Marco Antônio Raupp se torna eterno pelo seu legado. Todos que conviveram com ele eram cativados e impulsionados pela sua motivação” – Sérgio Buani, diretor de operações do PqTec

Marco Antonio Raupp deixa a esposa, Elisabeth Alves Mendonça, sete filhos (mais uma filha falecida), três genros, quatro noras e 13 netos.

O velório foi agendado para domingo, das 10 horas às 14 horas, no Cemitério Parque das Flores em São José dos Campos, São Paulo.

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