A atriz Elizângela do Amaral Vergueiro, 68 anos, faleceu nesta sexta-feira, vítima de uma parada cardiorrespiratória. Nascida no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 1954, Elizângela faleceu em Guapimirim. Atuou ainda como cantora e apresentadora.
Com uma carreira que abrangeu mais de cinco décadas, Elizângela conquistou o sucesso em diversas áreas do entretenimento, sendo uma das atrizes mais conhecidas da teledramaturgia brasileira.
Elizângela recebeu diversos prêmios, incluindo o Prêmio Extra, bem como indicações ao Prêmio APCA e dois Troféus Imprensa.
Sua jornada na televisão começou quando ainda era uma criança, apresentando programas infantis, como “Essa Gente Inocente” e “Capitão Furacão”. Em 1969, estreou como atriz no filme “Quelé do Pajeú”, no qual recebeu o prêmio de Melhor Atriz Revelação no Festival de Cinema de Santos.
Em 1971, fez sua estreia na televisão como atriz, atuando em um papel secundário na novela “O Cafona” da TV Globo, o que lhe rendeu uma indicação ao Troféu Imprensa de Revelação do Ano. Contudo, foi na década de 1970 que alcançou o auge de sua carreira, especialmente com sua atuação como Patrícia em “Locomotivas” (1977).
Simultaneamente, Elizângela também deu início à sua carreira musical, obtendo sucesso com a canção “Pertinho de Você”, em 1978, que liderou as paradas por vários meses em todo o Brasil.
Recebeu reconhecimento e premiações pelo seu talento musical.
Ao longo de sua carreira, a artista ficou conhecida por interpretar personagens intensos e extravagantes, muitas vezes com um toque cômico, como Mariúcha em “Jogo da Vida” (1982), Marilda em “Roque Santeiro” (1985), Rosemary Pontes em “Pedra sobre Pedra” (1992) e Noêmia em “O Clone” (2001).
Uma das suas atuações mais aclamadas ocorreu na novela de horário nobre “A Força do Querer”, onde desempenhou o papel de “Aurora Duarte”, uma mãe envolvida em situações de crime e tráfico.
Por esse trabalho, Elizângela conquistou o Prêmio Extra de Melhor Atriz Coadjuvante e recebeu indicações ao Prêmio APCA de Melhor Atriz de Televisão e ao Prêmio de Melhores do Ano na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante.
A vida pessoal de Elizângela foi marcada por desafios financeiros, tendo vivido momentos de dificuldades enquanto criava sua filha.
A artista passou por dois casamentos, o segundo com um empresário, e demonstrou apoio à homossexualidade de sua filha, que se casou com uma empresária.
Além disso, enfrentou a perda de sua neta Manuela, que faleceu após um nascimento prematuro, e também o falecimento de sua mãe.
Atriz tinha cinco décadas de carreira / Crédito: Divulgação
Em seus últimos anos, Elizângela viveu sozinha no Rio de Janeiro, sem assumir relacionamentos sérios publicamente.
A atriz também compartilhou o curioso fato de ter sido uma das primeiras atrizes a usar apenas seu primeiro nome artístico, pois seu nome completo, Elizângela Vergueiro, era considerado muito longo.
Já em tempos de pandemia, Elizângela ficou conhecida por sua postura antivacina em relação à Covid-19, recusando-se a se vacinar.
Em janeiro de 2022, contraiu a doença e foi hospitalizada em estado grave, sendo intubada.
Posteriormente, em junho de 2022, a atriz foi cortada do elenco de uma telenovela pela Globo e impedida de trabalhar devido à sua recusa em se vacinar, uma vez que a emissora havia estabelecido a exigência da vacinação para seus funcionários.
“A Prefeitura Municipal de Guapimirim, lamenta a morte da consagrada atriz. Esta é a segunda vez que o sistema de saúde do município atendeu Elizangela.
Na primeira, Elizangela deu entrada na unidade com graves problemas respiratórios, e depois de algumas semanas, teve alta da unidade” – nota da Prefeitura
Elizângela faleceu no Hospital Municipal José Rabello de Mello, em Guapimirim, após uma tentativa sem sucesso de reanimação, marcando o fim de uma carreira notável no mundo do entretenimento brasileiro.
