Diante das notícias nem um pouco alvissareiras às mulheres, apesar de ser mês recheado de programações sobre a luta e conquista do sexo feminino, os índices de morte intencional de pessoas do mesmo sexo assustam, pois o Brasil possui a 5ª maior taxa do mundo, segundo a OMS – Organização Mundial da Saúde, em feminicídio.
O mês, além de homenageá-las, serve para reflexão e alerta quanto a mudança de paradigmas referente ao sexo, ainda, considerado frágil.
Inúmeras mulheres lembradas e homenageadas, tanto pela sua história de vida, quanto pela representatividade, neste mês. Neste sentido destaco, promovido pelo Google,105 anos de aniversário de Carolina Maria de Jesus. Escritora, nascida em Minas Gerais, em 1914, considerada uma das mais importantes do País.
Seu livro “Quarto de Desejo: Diário de uma Favelada”, publicado em 1960, fora traduzido em 14 línguas. Além de escritora, foi compositora e poetisa. Faleceu, em São Paulo, aos 62 anos, em 1977.
A Obra trata do seu cotidiano e do cotidiano dos moradores da favela Canindé, em São Paulo, entre 1955 e 1960. Escrito, em forma de diário, a escritora relata indignações, revoltas e angustias que a população era obrigada a superar diante da situação de miséria e desemparo em que viviam. Foi descoberta pelo jornalista Adálio Dantas, quem a auxiliou na publicação. Apesar do período em que foram registrados os relatos, a identificação com situações vivenciadas nos remetem a atualidade, principalmente no que dizem respeito as injustiças sociais e falta de humanidade.