A vereadora Mariana Carlos (PT) usou a tribuna da Câmara de Vereadores, nesta segunda-feira (10), para abordar a polêmica em torno da gratuidade da balsa no Rio Jacuí, prevista para operar durante a interdição da Ponte do Fandango, que passa por reformas em estágio inicial.
Em seu discurso, Mariana criticou duramente o deputado Cláudio Tatsch, acusando de antecipar uma reunião com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), convidando apenas o prefeito Balardin, sem comunicar os vereadores. Segundo ela, o encontro, inicialmente previsto para 26 de fevereiro — data confirmada pela assessoria do prefeito —, foi adiantado para o dia 25, deixando-a de fora. “Imaginei que a reunião seria integrada, o que seria ótimo. No entanto, eles anteciparam sem me informar, mesmo após eu ter falado na sessão do dia 24 sobre minha agenda com o superintendente do DNIT, Hiratan Pinheiro. Me escantearam, e isso é típico da politicagem barata”, afirmou a vereadora.
Mariana reforçou que, apesar do parecer favorável do Governo Federal para a gratuidade da balsa, a efetivação do serviço ainda depende de um longo trâmite burocrático. “A autorização federal existe, mas isso não significa que a balsa será gratuita de imediato. Falta elaborar levantamentos técnicos, definir quem arcará com a dragagem pós-enchente — devido ao acúmulo de areia — e até mesmo avaliar se a balsa é viável neste momento”, explicou.
Diante desse cenário, a parlamentar destacou que a união entre deputado, prefeito e vereadores é fundamental, uma vez que a isenção de impostos para a empresa responsável pela travessia depende da aprovação da Câmara. “Sozinho, ninguém vai conseguir resolver. Depende de Brasília, e sem convergência política, as respostas às demandas da população demoram ainda mais”, acrescentou.
O coro das críticas foi reforçado pelos vereadores Alex da Farmácia, Magaiver Dias e Serginho Quoos, que condenaram a atitude de Tatsch e classificaram a antecipação da reunião como reflexo da “vaidade” política. “Ficou feio”, resumiram.
Mariana também informou que o superintendente Hiratan Pinheiro garantiu que uma representação do DNIT virá a Cachoeira do Sul para esclarecer o cronograma da balsa e a forma como o serviço será oferecido, reforçando a necessidade de alinhar os prazos para que a travessia ocorra durante a interdição da Ponte do Fandango.