Margs intensifica ações e conteúdos on-line durante a quarentena da COVID-19

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Margs intensifica ações e conteúdos on-line durante a quarentena da COVID-19
ATUALIZAÇÃO / COVID-19
22 de abril de 2020 - museupoa

Museu passou a funcionar, em 1978, em prédio projetado pelo arquiteto Theo Wiederspahn no Centro da Capital
Foto: Secom / Arquivo

Desde o fechamento temporário ao público, em cumprimento às determinações do governo do Rio Grande do Sul para enfrentamento ao novo Coronavírus, o Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs) tem intensificado a presença e atuação na internet, com produção de conteúdos compartilhados no Instagram e no Facebook. As ações envolvem seguidores do Margs nas redes sociais, que são convidados a participar de atividades de mediação à distância, a desvendar obras do acervo do museu e a conhecer a história da instituição e seu prédio.

Como boa parte do conteúdo do Margs nas redes sociais é gerada por interações, postagens e repostagens do que é compartilhado pelos próprios seguidores e visitantes, o público também está sendo convidado a postar (e repostar) imagens e relatos de suas lembranças e experiências no museu.

Para isso, basta marcar:

@museumargs
#museumargs
#museudeartedoriograndedosul

Prédio histórico

As ações do museu nas redes sociais em tempos de enfrentamento ao coronavírus se inserem nas campanhas nacional e internacional “Museu em casa”: #museuemcasa e #museumfromhome

As postagens da equipe do Margs destacam as obras e os artistas do acervo, além das exposições, das atividades, da ação educativa e da história do prédio que abriga a sede do museu desde 1978, um dos símbolos da arquitetura de Porto Alegre, também patrimônio histórico estadual e nacional.

Entre as ações especiais criadas para o público em tempos de quarentena, duas estão sendo desenvolvidas de modo permanente e continuado: “Mediação em casa” e “Qual é a obra?”.

MEDIAÇÃO EM CASA

O Núcleo Educativo do Margs vem explorando modos de atuação remota e on-line com postagens que envolvem proposições de mediação aos seguidores do museu nas redes sociais. Para explorar a linguagem e as possibilidades do meio digital, a equipe tomou como ponto de partida examinar, repensar e adaptar as próprias ações que ocorrem no museu de forma presencial.

Foto: Reprodução

Assim, foi desenvolvida a ação “Mediação em casa”, com postagens nas quais são propostos aos seguidores que participem de exercícios coletivos por meio das diferentes ideias e percepções que um trabalho pode gerar.

O Núcleo Educativo do Margs destaca uma obra do acervo do museu, desenvolve uma proposta de mediação relacionada para ser desenvolvida em casa, e os seguidores das redes sociais que participam da ação são convidados a compartilhar seus resultados, postando nos stories imagens e textos com a hashtag #educativomargs e marcando @museumargs. Todo o conteúdo publicado fica reunido e organizado nos destaques do perfil do Margs no Instagram, podendo ser visto no conjunto.

A partir da gravura “Símile 6”, da artista Regina Silveira, foi pedido para se pensar outras imagens na sombra / Foto: Reprodução

Um exemplo foi a gravura Símile 6 (1983). A artista Regina Silveira apresenta a imagem de um garfo com a sombra projetada e distorcida. Nas mediações relacionadas a essa obra, foi comentado sobre as múltiplas imagens geradas pela distorção da sombra. Se um garfo pode se tornar um pássaro, um pavão, uma mão monstruosa ou até mesmo um pente ou uma cobra com dentes.

Na primeira postagem, foram dadas pistas e perguntado qual o nome da obra do detalhe acima / Foto: Reprodução

QUAL É A OBRA?

Outra ação que destaca e coloca em evidência o acervo é “Qual é a obra”, que se vale do princípio dos jogos de descoberta a partir de pistas. Em um primeiro post é apresentado um detalhe de uma obra do acervo, seguido de informações que funcionam como pistas. No dia seguinte, obra e artista são revelados em outra postagem, que apresenta a imagem total e informações biográficas e sobre o trabalho.

Um exemplo de postagem: a imagem mostra um detalhe de uma obra bastante conhecida do acervo do Margs. É uma pintura figurativa, tendo como temática o retrato feminino, o autor/a nasceu em Porto Alegre, estudou fora do país e teve atuação entre os anos 1920 e 1960.

No dia seguinte, postagem revelou que detalhe era da obra “O vestido verde”, de João Fahrion / Foto: Reprodução

A sua obra foi responsável pela difusão de premissas modernistas. E foi importante artista-ilustrador(a).

No dia seguinte foi informada a resposta: a pintura é O vestido verde (1949), de João Fahrion (Porto Alegre, 1898-1970), um óleo sobre tela colada em madeira, medindo 75 x 92 cm, adquirida para o acervo do Margs em 1955, no ano seguinte à criação do museu.

Diferentes linguagens das artes visuais

O Margs é o principal museu de arte do Estado do Rio Grande do Sul e um dos mais importantes do país. O acervo reúne mais de 5 mil obras de arte, desde a primeira metade do século 19 até os dias atuais, abrangendo diferentes linguagens das artes visuais, como pintura, escultura, gravura, cerâmica, desenho, arte têxtil, fotografia, instalação, performance, arte digital e design, entre outros.

A coleção é composta por arte brasileira, com ênfase na produção de artistas gaúchos, e também por obras de estrangeiros, da qual conta com nomes significativos da arte mundial. Há ainda um acervo documental com mais de 8 mil publicações bibliográficas e 5 mil pastas contendo documentos sobre a trajetória de artistas e a história de agentes do sistema artístico.

Acesse o Margs por diferentes caminhos on-line:

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Para conhecer a coleção do museu, acesse o catálogo on-line, com as obras organizadas por nomes dos artistas, em ordem alfabética

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