Laudo projeta duas opções para recuperar chaminé

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Laudo projeta duas opções para recuperar chaminé
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30 de novembro de 2018 - cham1

Por volta das 12 horas desta sexta-feira (30), os responsáveis pela empresa Reinaldo Roesch devem receber o relatório final da avaliação feita na estrutura da chaminé junto aos antigos engenhos (Bairro Rio Branco) em Cachoeira do Sul. O trabalho – elaborado pelo arquiteto André Müller – apresenta duas opções para intervenção. A área foi interditada ainda a tarde do dia 23, após a fiscalização de posturas da secretaria de Obras e a Defesa Civil alegarem risco de acidente devido a rachaduras na chaminé com extensão também para marquises dos prédios.

A primeira alternativa é a mais provável de ser efetivada. Conforme orientação do profissional, a sugestão de melhorias na estrutura inclui retirada de vegetação; impermeabilização da face superior; retirada de escadas interna e externa e colocação de escada interna protegida; recuperação na argamassa de rejuntamento; recuperação de Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA); colocação de cinta metálica nos últimos 6 metros e estabilização de rachadura vertical na face leste.

Documento final será entregue nesta sexta (30) / Fotos: Cacau Moraes/OC

Já a segunda opção que será apresentada prevê recuperar argamassa nos últimos 2 metros, após retirada de 4 metros; retirada de escadas interna e externa; colocação de escada interna protegida; recuoeração de SPDA e estabilização de rachadura vertical na face leste.

O documento com projeção das ações sugeridas deve ser protocolado na Prefeitura de Cachoeira do Sul no começo da tarde desta sexta-feira (30). Por volta das 12h30, o diretor-presidente da empresa, Júlio Roesch de Campos, concederá entrevista para a comunicadora e âncora do programa Pauta Positiva da 99.1 Mais FM, Ana Pozzobon.

O trabalho de vistoria foi feito por Müller com a participação do 3º Batalhão de Engenharia de Combate. Através de guindaste, o arquiteto e um militar puderam avaliar a estrutura apontada pela Prefeitur, nas proximidades do topo da chaminé onde existe a vegetação.

A preparação para a análise demorou quase uma hora, pois havia necessidade de testes com o guindaste. O equipamento tinha a capacidade para 72 metros de extensão e foi locado pelos sucessores de Reinaldo Roesch.

A chaminé tem 49 metros de altura e uma base com 2,6 metros de diâmetro. “Respeito a opinião deles (referindo-se aos técnicos da fiscalização da Prefeitura), mas não vejo perigo de acidente”, antecipou Müller.

Duas opções integram documento que será apresentado / Foto: Cacau Moraes/OC

DA BASE AO TOPO

O arquiteto também examinou a base da chaminé. Müller teve acesso a um dos prédios onde funcionava o complexo do Roesch e, através de um túnel sem iluminação e com muita umidade, verificou a estrutura da base e para ter uma ideia da constituição da chaminé. “A construção, embora feita há muito tempo, está em boas condições”, analisou o profissional, além de destacar que a avaliação levou em conta toda a estrutura..

A medida pela interdição foi tomada depois de imagens feitas pelo engenheiro civil Fernando Gehrke, onde foram apontadas rachaduras no topo da chaminé. Em seu laudo , Gehrke relatou que era impossível determinar o tempo relativo de um possível colapso da estrutura de coroamento da chaminé. Por este motivo, o documento concluiu pela interdição em um raio de 30 metros ao redor da base da chaminé como forma de preservar a integridade física das pessoas que transitam ou trabalham nas proximidades. Para isso serão utilizados tubos de concreto, cerquite e placas.

Os sucessores dos proprietários do Engenho Roesch foram orientados a apresentar um laudo atualizado assinado por engenheiro particular com as medidas a serem tomadas para resolver a situação.

Guindaste auxiliou em análises / Foto: Cacau Moraes/OC