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José Otávio busca com governo de SP vacina do Butantan para Cachoeira

José Otávio: “Como prefeito, não posso ficar de braços cruzados esperando que o plano do governo federal dê certo” / Foto: Arquivo OC

O prefeito eleito de Cachoeira do Sul, José Otávio Germano, afirma já ter entrado em contato com o governador de São Paulo, João Dória, para garantir a aquisição de doses da vacina contra a covid-19 em desenvolvimento pelos pesquisadores paulistas do Instituto Butantan. O objetivo é adotar um plano B em caso de possíveis falhas no Plano Nacional de Imunizações anunciado nesta quarta-feira (16), em Brasília, pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Em entrevista concedida há pouco à TV Cachoeira, José Otávio explicou que a conversa com Dória foi no sentido de colocar Cachoeira como um dos municípios gaúchos prioritários no recebimento da imunização desenvolvida pelo Butantan. “Eu confio muito no governo federal, mas a minha posição como prefeito não me permite ficar de braços cruzados à espera que o Plano Nacional de Imunizações dê certo”, explicou José Otávio.

Segundo ele, uma auditoria na Secretaria Municipal da Saúde está entre as providências que o novo governo tomará para ter um raio-x da situação da pasta, que terá como titular o professor Gerceí Silveira. A partir daí, o novo governo pretende montar a estruturação para o recebimento, acondicionamento e logística de distribuição da vacina contra a covid-19, independentemente de onde vier, se do governo federal ou de São Paulo.

INSTITUTO BUTANTAN E O DESENVOLVIMENTO DA VACINA

No último dia 9, o Instituto Butantan deu início à produção da CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus (covid-19), ainda em fase de testes, produzida pelo instituto em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.

Estudos de fases 1 e 2 da vacina, realizados na China, já demonstraram que ela é segura, ou seja, que não provoca efeitos colaterais graves. Também estudo feito com voluntários no Brasil comprovou que a vacina é segura.

A vacina, no entanto, ainda está passando por uma terceira e última fase de testes, que vai revelar se é eficaz, ou seja, se de fato protege contra o novo coronavírus.

Se essa análise constatar que a vacina é, de fato, eficaz, o governo paulista deverá solicitar a aprovação e registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que então permitirá o uso em solo brasileiro.

O governo de São Paulo já recebeu da Sinovac 120 mil doses prontas para uso da vacina e um milhão de doses que serão envasadas pelo Instituto Butantan. Pelo termo de compromisso assinado no final de setembro com a Sinovac, o Butantan vai receber 46 milhões de doses da CoronaVac, sendo que 6 milhões de doses já chegarão prontas.

O governador de São Paulo, João Doria, disse que 11 estados e 912 municípios já manifestaram interesse em adquirir doses da vacina.

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