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Os últimos 10 anos da NBA foram marcados pelo destaque de grandes atletas, como LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant. Entretanto, nesta temporada, o individualismo parece ter perdido um pouco de espaço para o jogo em equipe. Nas quadras norte-americanas, por exemplo, o Miami Heat, o Chicago Bulls e o Phoenix Suns se destacam pelo aspecto coletivo. Uma mudança importante, que acontece também em outros países, como o próprio Brasil, e está sendo valorizada por jogadores mais experientes e com tempo em quadra.
Atualmente com a melhor campanha da NBA, o Phoenix Suns conta com excelentes jogadores, como Devin Booker e Chris Paul, mas a grande qualidade da equipe ainda é a coesão em quadra. Foram 46 vitórias e apenas 10 derrotas até o meio de fevereiro, e uma vantagem considerável para o Los Angeles Lakers de LeBron James, que possui 26 vitórias e 31 derrotas. Ou seja, na comparação em quadra é impossível não distinguir entre essas duas franquias.
O curioso é que esse não é o único exemplo, pois outras boas campanhas nas quadras norte-americanas também são de equipes com menos nomes badalados. É o caso do Chicago Bulls, que vence muitos jogos pelo forte grupo que montou, mesmo que tenha a ajuda do excelente DeMar DeRozan. Poderíamos citar também o Memphis Grizzlies, o Utah Jazz e até mesmo o Cleveland Cavaliers. Todos com as mesmas características. Todas essas equipes possuem um aproveitamento acima do 60% na temporada, e estão próximas de avançar para os playoffs.
Esse foco na equipe é algo que agrada alguns jogadores, como é o caso do veterano Lance Stephenson, atualmente no Indiana Pacers. O ala de 31 anos sempre exaltou esse estilo de jogo, e falou sobre isso em uma entrevista recente para o blog da Betway. Ele comentou sobre a campanha dos Pacers em 2013 e 2014, quando foi vice-campeão da Conferência Leste, e garantiu que o maior diferencial era deixar o individual de lado e pensar 100% na equipe. Uma forma de atuar que está em alta novamente, principalmente se olharmos os jogos de 2022.
Veterano em alta
Recentemente, Stephenson ganhou a mídia pelos bons jogos que fez com os Pacers. Durante a disputa contra o Utah Jazz, no dia 8 de janeiro, o ala conseguiu dar 14 assistências e bateu um recorde pessoal. Assim, a ideia de fortalecer o jogo em equipe está só ganhando mais espaço com o passar do tempo. Algo positivo não só para alguns desses times que citamos, mas também para jogadores que conseguem valorizar essa ajuda mútua dos atletas presentes no elenco.
Lance relembra, em conversa com a equipe da Betway, site de apostas da NBA, que a experiência na China ajudou a valorizar esse estilo. “Eu tinha uma equipe muito boa, não tive que fazer tudo sozinho. Muitos caras vão para a China e se desgastam muito fisicamente, porque precisam fazer tudo. Eu tive a sorte de ter uma equipe diferente”, detalha o ala-armador que defendeu o Liaoning Flying Leopards no país asiático entre 2019 e 2020.
O jogador norte-americano ainda valorizou a evolução chinesa na modalidade, onde muitos jogadores conseguiram evoluir em quadra com um trabalho duro. Stephenson ainda garante que muitos companheiros de equipe podiam comandar um jogo sozinho, e inclusive acertar arremessos mais complicados. A ideia de que bom basquete só existe na NBA é falsa.
NBB é referência de coletividade
Aqui no Brasil, o jogo coletivo é essencial e as principais melhores equipes do cenário mais atual são assim. O Flamengo, por exemplo, montou um elenco completo e tira os frutos disso ao vencer jogos no NBB e também nas competições sul-americanas. A ausência de atletas de alto nível, algo que não acontece na Europa e na NBA, acaba ajudando ao jogo coletivo por aqui. É um lado positivo interessante, e pode trazer bons frutos nos próximos anos.
O basquete nos Estados Unidos costuma ditar o ritmo da modalidade, e o momento é de coletividade. A temporada atual da NBA ainda está acontecendo, e só depois dos playoffs vamos ter uma análise melhor. Entretanto, se olharmos para a classificação regular, é impossível não exaltar as mudanças que estão sendo vistas em quadra.