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Inter e Grêmio em 2023. Quem leva a melhor?

Após um ano de purgatório na Série B, o time do Grêmio retornou à elite do futebol brasileiro. Imediatamente se prenunciam mais dois Grenais no ano de 2023 – fora os já esperados durante a disputa do Campeonato Gaúcho. Serão, portanto, no mínimo três, mas podendo ser facilmente cinco, ou até mais, a depender dos caprichos dos deuses das Copas. Se no Ano Novo há vida nova… qual das duas potências portalegrenses se sairá melhor em 2023?

Como bem sabem os entusiastas das apostas esportivas, é difícil fazer previsões com muita antecedência. Coisas acontecem no meio do caminho, esmagando convicções. Por outro lado, é possível ver se um time está, ao menos, no rumo certo. Sem compromisso com a exatidão científica (algo inexistente no futebol), vamos olhar cada um dos clubes.

O Tricolor Gaúcho vem em seu momento fênix, renascendo das cinzas. Após uma queda para muitos incompreensível em 21, o Grêmio fez sua lição de casa e se classificou na zona de acesso. Curiosamente, o jogo que selou o retorno à Série A foi contra o Náutico, no estádio dos Aflitos – o mesmo adversário e o mesmo palco do outro acesso tricolor, em 2005. Mas o caminho não foi um passeio no parque. Houve momentos em que se temeu que os gremistas pudessem repetir a sina do Cruzeiro e amargar anos consecutivos na Segundona. No meio do percurso, os dirigentes decidiram por bem trocar o comandante. Saiu Roger Machado, para o retorno do ídolo Renato Portaluppi que garantiu (e cumpriu) o acesso.

Mas logo após o acesso, Renato disparou sua metralhadora verbal, e cobrou uma estrutura profissional no clube, indicando que talvez a relação não seja mais tão suave quanto foi em anos passados. Fica a dúvida se o comandante permanecerá para 2023, ou se o Grêmio terá que buscar um treinador novo e começar tudo do zero.

Seja quem for o contratado, terá muito trabalho pela frente. O time carece de reforços que não se sabe se chegarão. Algumas peças-chave do elenco já estão entrando em reta final da carreira – como o zagueiro Geromel – e necessitarão reposição. A base pode ajudar, como já ajudou no passado com Ronaldinho Gaúcho. As revelações mais recentes, porém, não tiveram o mesmo impacto.

Consistência colorada

Enquanto o Grêmio passeava na série B, o Inter fazia uma boa campanha na Série A. Chegou como força secundária, bem atrás dos favoritos Flamengo, Atlético Mineiro e Palmeiras, mas conseguiu fazer um certame com boa regularidade, que se não entregou partidas vistosas, ao menos entregou bons resultados. Muitos creditam a virada de chave ao trabalho de Mano Menezes que, depois de algum tempo perambulando, voltou ao Rio Grande e assumiu o Colorado.

Desde então, a defesa ganhou mais consistência e o ataque encontrou soluções para repor as saídas de Patrick e Yuri Alberto. Do interior gaúcho chegou o jovem Alemão; do Uruguai veio Carlos de Pena; e da Europa veio Taison, antigo ídolo que retorna à casa colorada. Se a esquadra não foi suficiente para angariar o título, ao menos colocou o Inter em uma confortável posição na tabela, com acesso à cobiçada Taça Libertadores.

Também o Inter precisará de reforços em 2023. Mas como sua base tem sido vitoriosa, pode-se esperar que alguns garotos acabem subindo. Com cuidado e paciência, e a ajuda de alguns veteranos, os guris podem ser uma solução para reposições com baixo custo.

Grêmio ou Inter, Inter ou Grêmio? Quem prevalecerá nesse duelo de gigantes em 2023? Talvez se possa ter uma boa prévia no Gauchão, campeonato no qual o Tricolor detém um pentacampeonato consecutivo. Se o Inter quer mostrar que o jogo virou, sua primeira missão será levantar esse caneco.

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