HOMENAGEM EM HOSPITAL: CACHOEIRENSE VENCE CORONAVÍRUS

Por
HOMENAGEM EM HOSPITAL: CACHOEIRENSE VENCE CORONAVÍRUS
ATUALIZAÇÃO / COVID-19
6 de maio de 2020 - cachoeirensehsc

Este dia 6 de maio passa a ter um novo sentido na vida de Rogério Rodrigues Fardin, de 53 anos. O cachoeirense foi o primeiro morador de Santa Cruz do Sul que precisou ficar internado na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) em decorrência da Covid-19. Embora a passagem dele tenha um final feliz, ele orienta: “Cuidem-se e cuidem do próximo. Ela não é só uma ‘gripezinha'”, comentou em conversa por WhatsApp, horas depois de ter alta do Hospital Santa Cruz, nesta quarta-feira (6).

Rogério é o exemplo de que o novo coronavírus não escolhe a quem afetar, nem a gravidade. Mas também de que a fé, a esperança e o cuidado são fundamentais para enfrentar a doença. Depois de 10 dias internado, o motorista afirma que sai reenergizado para fazer planos. “A vida é cheia de surpresas, mas tenham fé porque tudo vai passar e dar certo”, reforça.

Ansioso para chegar em casa, no Bairro Bom Jesus, ao lado da esposa Elaine, recebeu uma homenagem dos profissionais que estiveram com ele nesses últimos dias: a equipe se posicionou formando um corredor de passagem para o paciente, que saiu de cadeiras de rodas recebendo muitas palmas. Emocionado, agradeceu pelo carinho. “Vocês são uns anjos. Muito obrigado por tudo. Vocês são 10. Vou estar rezando por vocês”, disse na despedida.

Fardin é motorista autônomo e trabalha de forma terceirizada para uma empresa de construção civil. Passa a semana em Santa Maria para realizar o serviço. No feriadão de Páscoa, foi a Lajeado para levar a filha Eduarda na casa da mãe da adolescente. Logo depois, começou a sentir dor muscular e na garganta. Levou ainda cinco dias para buscar atendimento médico no Hospital de Campanha, no Ginásio Poliesportivo.

A doença acabou se agravando e Rogério precisou ser internado na UTI. Foram cinco dias, deitado em uma cama para tratamento intensivo e lutando pela vida, para voltar a ficar perto da família. No que pensava durante esse tempo? “Na minha família”, conta o homem, que ainda tem mais dois filhos – Gabriel e Leonardo.

Agora, de volta ao lar, o cachoeirense só tem a agradecer aos que se preocuparam e oraram por ele. “Minha esposa, meus filhos, irmãos e pais: vocês já moravam no meu coração. Agora, muito mais. É um amor incondicional”, destacou.