Gabinete do prefeito: vereadora questiona transferência

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Gabinete do prefeito: vereadora questiona transferência
POLÍTICA
4 de janeiro de 2025 - Crédito: OC/Arquivo

A vereadora Mariana Carlos (PT) protocolou um pedido de informações direcionado ao Conselho Municipal do Patrimônio Histórico-Cultural e ao Conselho Municipal de Cultura. Na solicitação, a parlamentar busca saber se os órgãos foram consultados sobre a transferência do gabinete do prefeito Leandro Balardin para o prédio do Museu Municipal. Mariana ainda solicitou que, em caso afirmativo, fosse enviada cópia do parecer.

Na justificativa do pedido, a vereadora considerou que o Museu Municipal possui um acervo histórico e antropológico composto por cerca de 32 mil documentos e objetos “que remetem a mais de 250 anos de História”. Mariana ainda destacou que o prédio do Paço Municipal é tombado e precisaria ser preservado, de acordo com as normas de preservação do Patrimônio Hisórico.

 

O que diz o prefeito

O prefeito Leandro Balardin transferiu sua sala de trabalho para o Gabinete da Intendência, espaço localizado anexo ao Museu Municipal Dr. Edyr Lima. Um dos objetivos, segundo anunciou, foi liberar o espaço anteriormente ocupado pela sala, antessala do prefeito e sala de reuniões, para que seja utilizado como sala do projetos da futura Secretaria Municipal de Gestão, Governança, Parceria e Inovação.

Outro motivo alegado foi a devolução dos móveis centenários ao seu local de origem.

Embora o prédio da Casa de Câmara e Cadeia, que atualmente abriga o Museu Municipal, seja datado de 1864, o Gabinete do Intendente foi construído em 1921. Segundo registros históricos, o contrato para a construção desta sala foi firmado entre o intendente da época, Annibal Loureiro, e o arquiteto José Mariné, em 7 de janeiro de 1921, com a inauguração do espaço ocorrendo em 20 de setembro do mesmo ano.

Ainda segundo o anúncio divulgado pela Prefeitura, a aquisição dos móveis não tem registros formais, mas uma foto presente no “Grande álbum de Cachoeira no Centenário da Independência do Brasil”, de Benjamin Camozato, datada de 1922, mostra Annibal Loureiro em sua sala já equipada com todos os móveis. Assim, a estimativa é que foram adquiridos para compor a nova sala. Com o passar dos anos, os móveis passaram por restauros e atualmente estão em condições consideradas adequadas de uso.