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Gabinete de Crise quer ainda mais restrições em Cachoeira

Crédito: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

Ao dar continuidade às reuniões com as regiões Covid que estão com Alerta dentro do Sistema 3As de Monitoramento há pelo menos mais de duas semanas, a secretária da Saúde, Arita Bergmann, coordenou, na manhã desta segunda-feira (14), duas reuniões com as regiões Covid de Erechim, Palmeira das Missões, Cachoeira do Sul e Cruz Alta. Os encontros contaram com a participação de presidentes de associações regionais, prefeitos e integrantes de comitês técnicos das cidades.

Em Cachoeira do Sul, a incidência de novos casos na última semana foi de 501,9 a cada 100 mil habitantes. É uma taxa maior que a do Estado, de 341,1 casos a cada 100 mil habitantes na última semana. A taxa de mortalidade acumulada de Cachoeira – 8,9 a cada 100 mil habitantes na última semana – ficou abaixo da média do RS, de 7,7.


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Mesmo assim, a taxa de ocupação de leitos de UTI preocupa na região – está em 145%. Isso significa que todos os leitos estão ocupados e há déficit de nove vagas nesse tipo de leito.

Na sexta-feira (11), as reuniões foram feitas com as regiões Covid de Ijuí, Santa Rosa e Passo Fundo. Os encontros ocorreram a partir de determinação do governador Eduardo Leite na última reunião do Gabinete de Crise, na quarta-feira (9). “Em todas as quatro regiões, se observou a disposição de buscar alternativas concretas visando a diminuição da transmissão do vírus por meio de medidas bem objetivas. Foram reuniões com diálogo, com respeito, com participação, e sempre com orientação dos técnicos do GT Saúde mostrando no que os planos de Ação podem melhorar. Cada uma das regiões assumiu o compromisso objetivo de atualizar e adequar os planos de Ação regionais para diminuir o contágio, aplicando protocolos obrigatórios mais restritivos, objetivando justamente diminuir o número de casos, a taxa de ocupação de leitos e o número de óbitos. Ao mesmo tempo, assumiram o compromisso de agilizar a vacinação e aumentar a testagem”, destacou a secretária Arita.

A mensagem do Gabinete de Crise a essas regiões é a mesma já emitida na sexta-feira (11): as medidas adotadas nos planos de Ação das regiões não estão sendo eficazes na diminuição do contágio pelo coronavírus. Nas sete regiões que foram alvo de reuniões, está sendo observado um agravamento da situação da Covid-19. Por isso, o governo do Estado decidiu fazer reuniões específicas, com acompanhamento do Ministério Público do Rio Grande do Sul. O procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, estará presente em todos os encontros – realizados de forma híbrida. “A gestão do Sistema 3As de Monitoramento é compartilhada. Estamos juntos para dar apoio técnico, para ajudar. Estamos prontos para dar o suporte necessário, inclusive na ampliação de leitos, caso haja capacidade de expansão nas regiões, mas será difícil termos leitos suficientes se não pararmos a circulação do vírus. Os planos precisam ser executados em conjunto pelos municípios, é uma decisão coletiva da região”, explicou Arita.

Nesta segunda (14), a primeira reunião ocorreu com prefeitos, associações regionais e integrantes dos comitês técnicos das regiões de Erechim e Palmeira das Missões. Palmeira das Missões está com Alerta desde 20 de maio. A região de Erechim, por sua vez, está nessa condição desde 26 de maio. Em seguida, foi a vez das regiões de Cachoeira do Sul e Cruz Alta, ambas com Alerta desde 18 de maio. “Os prefeitos precisam reforçar as medidas nas cidades. É uma gestão das regiões, por meio da parceria e do diálogo. Houve uma reivindicação muito grande nesse sentido por parte dos prefeitos, e o governador Eduardo Leite acatou o pedido”, destacou o secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Luiz Carlos Busato.

Novas reuniões para detalhamento dos planos de Ação e das medidas restritivas adotadas nas regiões já estão marcadas entre os técnicos do GT Saúde e as regiões de Cruz Alta e de Erechim. Na região de Cachoeira do Sul, se observou que o plano de Ação é consistente, mas há uma necessidade de operacionalização do plano em toda região, de modo a ter ações conjuntas, para evitar que pessoas circulem, inclusive indo e vindo de cidades próximas. Por fim, na região de Palmeira das Missões, os prefeitos que compõem a região também chamaram atenção para a necessidade de ações regionais. “Sabemos o que vocês estão passando e somos solidários, mas as orientações dos comitês regionais de saúde precisam ser obedecidas. Estamos à disposição para dar apoio aos prefeitos para reforçarmos essa ideia de que todos são responsáveis pela redução da circulação do vírus. Estamos falando, desde o início do enfrentamento à pandemia, em equilíbrio. Não podemos deixar que tudo que avançamos se perca neste ano por não colocarmos mais restrições quando for necessário”, reforçou o procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles.

Dados regionais

Na região de Erechim, a taxa de ocupação em leitos de UTIs neste domingo (13) é de 87,7% – restam, ainda, sete leitos livres de UTI. A taxa de mortalidade acumulada nos últimos sete dias foi de seis óbitos a cada 100 mil habitantes.

A incidência de novos casos confirmados para Covid-19 em Erechim é maior que a média estadual – 507,4 casos por 100 mil habitantes na última semana. No Estado, essa incidência foi de 341,1 a cada 100 mil habitantes.

Na região Covid de Palmeira das Missões, a incidência de novos casos na última semana foi de 490 a cada 100 mil habitantes. É uma taxa maior que a do Estado, de 341,1 casos a cada 100 mil habitantes na última semana.

A taxa de mortalidade acumulada de Palmeira das Missões – 9,3 a cada 100 mil habitantes na última semana – também foi maior que a do RS, de 7,7. Além disso, a taxa de ocupação de leitos de UTI na região está em 112% – isso significa que todos os leitos estão ocupados e há déficit de seis vagas nesse tipo de leito.

Por fim, na região de Cruz Alta, a incidência de novos casos na última semana foi de 405 casos a cada 100 mil habitantes. É uma taxa maior que a do Estado, de 341,1 casos a cada 100 mil habitantes na última semana.

A taxa de mortalidade acumulada da região, de 13,8 a cada 100 mil habitantes na última semana, é maior que a do RS, de 7,7. A taxa de ocupação de leitos de UTI está em 88,1%. Restam ainda cinco leitos livres de UTI na região.

Os demais dados dessas e das demais regiões podem ser conferidos nos boletins regionais, disponíveis no site do Sistema 3As de Monitoramento, assim como os relatórios do GT Saúde. Todos os dados citados acima são desta segunda-feira (14).

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