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Frente Parlamentar irá debater viabilidade da implantação de porto na Região

Câmara de Rio Pardo abrigará reunião / Crédito: Divulgação

Câmara de Rio Pardo abrigará reunião / Crédito: Divulgação

A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento das Atividades Náuticas, Portuárias e Hidroviárias, proposta pelos deputados Capitão Martim (Republicanos) e Edivilson Brum (MDB), promoverá reunião de trabalho em Rio Pardo para debater a viabilidade da implantação de um porto no Município. A reunião será realizada no dia 31, às 9h30, na Câmara de Vereadores.

O deputado Capitão Martim destacou que o Porto de Rio Pardo já foi “extremamente importante e muito movimentado” antes da existência dos transportes ferroviário e rodoviário. “No passado o Rio Jacuí cumpriu função estratégica no Estado e continua sendo um caminho natural do Porto do Rio Grande, Lagoa dos Patos, Rio Guaíba até os municípios próximos a Rio Pardo. Precisamos resgatar este potencial”, afirmou.

Com 790 quilômetros de extensão, o Rio Jacuí é o mais importante curso d’água do Estado. Seu nascedouro se dá no Planalto Norte, nas proximidades de Passo Fundo, descendo pela depressão Central onde se torna navegável. Seus principais afluentes são os rios Vacacaí, Pardo e Taquari, desaguando no Guaíba onde também alcança os rios Caí, dos Sinos e Gravataí. Do Guaíba suas águas se comunicam com o oceano por meio da Lagoa dos Patos.

Entre as décadas de 1950 e 70 foram executadas obras das barragens eclusadas do Anel de Dom Marco e Amarópolis, no Rio Jacuí, e em Bom Retiro do Sul, no Rio Taquari. Ocorreram também a dragagem e derrocamento ao longo dos rios Jacuí e Taquarí. As barragens de Amarópolis, Anel de Dom Marcos e Fandango, propiciam um estirão navegável de aproximadamente 300 quilômetros ao longo do Rio Jacuí, permitindo em qualquer época do ano, a navegação até os portos de Estrela, no Rio Taquarí, Rio Grande (Porto Marítimo), e Santa Vitória do Palmar no extremo sul do estado e do Brasil.

“Desde o início da década de 90, praticamente não há um aproveitamento ideal das vias navegáveis da região e, mesmo pouco utilizadas atualmente, continua sendo um caminho natural do Porto do Rio Grande, Lagoa dos Patos, Rio Guaíba até a região de Rio Pardo”

A Barragem Ponte do Fandango – iniciadas em 1953 em Cachoeira do Sul – foi a primeira obra de canalização construída no Jacuí, com 170 metros.

Já o Anel de Dom Marco, localizado a 63 quilômetros abaixo da Barragem do Fandango, teve as obras iniciadas em 1966. O complexo situado em Rio Pardo se constitui no segundo degrau de hidrovia do Rio Jacuí, através da criação de um remanso para a navegação até Cachoeira do Sul. O barramento introduziu um desnível de 7,50 metros, transposto através de uma eclusa construída em um canal artificialmente dragado, afastado cerca de 800 metros da barragem. O sistema de passagem das embarcações evita a navegação através do curso natural do rio, com cerca de 8 quilômetros, encurtando o percurso no trecho.

A Barragem Amarópolis no Rio Jacuí, entre General Câmara e Butiá, foi concluída em 1974. Embora seja a terceira barragem implementada na hidrovia do Jacuí, ela se constituiu no primeiro degrau a ser transposto pelas embarcações que se dirigem de jusante para montante do rio a partir de Porto Alegre ou o Rio Taquarí, rumo a Cachoeira do Sul. A barragem eclusada de Amarópolis tornou possível a navegação por rio até Cachoeira do Sul.

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