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Fraudes na Prefeitura de Agudo: Polícia apresenta resultados da Operação Cítrica

PLANTÃO DE POLÍCIA

PLANTÃO DE POLÍCIA

A Delegacia de Polícia de Agudo indiciou nesta sexta-feira, 17 pessoas, incluindo ex-servidores públicos, empresários, ex-secretários e ex-prefeitos de Agudo. Os indiciamentos são resultado de cinco investigações policiais a partir da Operação Cítrica, no fim de dezembro de 2020, que apurou crimes contra a Administração Pública.

Conforme as investigações, uma empresa do ramo de internet teria sido constituída mediante o uso de um “laranja” para ser beneficiada pela prestação de serviços, sendo que um dos reais proprietários era uma servidora pública com cargo comissionado, lotada no Setor de Informática. As apurações apontam que a empresa foi constituída dessa forma para burlar vedações previstas na Lei de Licitações, buscando favorecê-la mediante dispensas indevidas de licitações e uma fraude à licitação ocorrida no final de 2020, bem como a manutenção do poder político por parte dos investigados vinculados com uma sigla partidária. A Polícia Civil indica a existência de associação criminosa.

Outra irregularidade apontada abrange aquisição e instalação de torres de transmissão em favor da empresa, inclusive mediante o uso de máquinas públicas da Secretaria de Obras e Agricultura para abertura de estradas e buracos para a colocação de torres. Além disso, foi constatado desvio de energia elétrica em benefício da empresa, paga às custas do erário público. Também foi constatada a apropriação de computadores de uma escola do interior do Município por parte do empresário e da servidora comissionada. Um ex-secretário de Agricultura teria solicitado internet grátis por um ano em troca dos indevidos benefícios dados para a empresa.

O prefeito na época, ainda segundo as investigações, teria autorizado o uso de uma ambulância da Secretaria de Saúde para trazer um equipamento da empresa de Porto Alegre até Agudo.

Uma testemunha teria sido ameaçada por investigados. Chegou a ser registrado também um ataque informático relacionado aos crimes, que motivaram a deflagração da Operação Cítrica II – Cavalo de Troia, ocorrida em fevereiro deste ano, em virtude de possíveis represálias a outra empresa de fornecimento de internet.

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