Nove meses. Este é o tempo da reforma da Ponte do Fandango em Cachoeira do Sul, que no final deste mês, terá liberação total para o tráfego de veículos. Em meia pista desde o dia 6 de outubro, a travessia já ganhou pista de concreto e nova base de sustentação, no entanto, ainda faltam a conclusão da pintura e da passarela para pedestres.
A obra da ponte começou no dia 9 de fevereiro com a empresa Trena Construtora, de Minas Gerais, que no município contratou os serviços da cachoeirense Thor Estruturas Metálicas. O investimento na obra é de R$ 8,5 milhões, sob a coordenação do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit). O projeto de restauro não se deteve somente nos 110 metros de extensão do leito, mas se estendeu com a passarela para pedestres, nova iluminação e laterais nos trechos que dão acesso antes da chegada à ponte (entrada e saída da cidade)
Com o trânsito em meia pista não havia reclamação, mas a partir do dia 6 de outubro tudo mudou com o fechamento da ponte. O curioso é que a decisão de interromper o trânsito não foi do Dnit. Foi da Prefeitura, após o período de realização da Fenarroz. A decisão tomada pelo prefeito Sergio Ghignatti surpreendeu a população da região, porque foi de um momento para outro o que causou confusão e transtornos.
ALTERNATIVAS
Afinal, com a Ponte do Fandango fechada, como ficaria a saída e chegada em Cachoeira do Sul. Para o Dnit, tudo estava resolvido pelas rotas alternativas como BR-153, RST-287, BR-471 até chega à BR-290 para quem queria viajar, por exemplo, para Porto Alegre. Esta possibilidade aumentava uma viagem em mais uma hora.
E a balsa no Rio Jacuí?
O transporte por balsa no Rio Jacuí, iniciativa da Travessia Vitória, de Cachoeira do Sul, autorizada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), foi uma solução encontrada. A balsa Vitória entrou em operação no dia 6 de julho, mas também foi uma confusão. Para atravessar o Rio Jacuí entre a Praia Nova e a Rua Moron, em determinados momentos, a espera chegava a duas horas. Foi providenciada uma balsa maior, com capacidade para até 50 veículos, o que amenizou o tempo. A situação melhorou.
E o Rio Jacuí?
Ele surpreendeu. Em um momento baixou demais seu nível o que inviabilizou a travessia pela balsa. Em outros dois, alagou tudo. Duas cheias provocadas por chuvas e por aberturas de comportas da Barragem de Dona Francisco interromperam o transporte por balsa. Em setembro, a balsa parou de vez porque as águas não baixavam. Assim, somente no dia 6 de outubro, véspera das eleições, a Ponte do Fandango foi liberada em pista o que se mantém até hoje. Além do Rio Jacuí, a empresa Vitória se deparou com uma ação da Justiça do Trabalho, no final de agosto, o que determinou também uma paralisação da balsa.
E agora?
Agora, existe uma contagem regressiva para a liberação da nova Ponte do Fandango. Bonita, nova estrutura, bem iluminada e trânsito liberado para saída e chegada a Cachoeira do Sul. A construção datada da década de 60 necessitava de urgentes reparos. Agora também passa a ter capacidade de até 42 toneladas. Enfim, tudo certo com um dos cartões postais de Cachoeira do Sul.