O recesso de Natal na Prefeitura de Cachoeira do Sul, que começou oficialmente nesta segunda-feira (23), gerou indignação entre os moradores do Município. A medida, que engloba diversos órgãos municipais, teve início antecipado na última sexta-feira (20), emendando com o feriadão de Natal e estendendo-se até a próxima quinta-feira (26). A decisão ocorre no encerramento do mandato da prefeita Angela Schumacher Schuch, levantando questionamentos sobre a oportunidade e a prioridade na gestão pública em seus últimos dias de governo.
A redação recebeu mensagens de leitores relatando o impacto da medida e a surpresa ao se depararem com os portões da Prefeitura fechados e trancados com um enorme cadeado na manhã desta segunda-feira. “É um absurdo! Precisamos resolver questões antes do fim do ano, e a Prefeitura fecha sem aviso adequado”, reclamou um cidadão que buscava atendimento.
A Prefeitura decretou ponto facultativo para segunda-feira (23) e terça-feira (24), justificando que, caso as equipes trabalhassem, seria necessário o pagamento de hora dobrada. Apesar da justificativa oficial, a medida foi criticada por moradores da cidade que dependem dos serviços municipais.
O único serviço em funcionamento na manhã desta segunda-feira (23) foi a farmácia do Sistema Único de Saúde (SUS), responsável por atender a população com medicamentos essenciais. No entanto, cidadãos relataram para a reportagem que outros setores, a exemplo dos postos de saúde considerados fundamentais, permaneceram inacessíveis, agravando a insatisfação.
Término do governo em debate
O encerramento da gestão também é alvo de discussões, com moradores apontando para um distanciamento da prefeita em relação aos problemas urgentes da cidade. Questões como a manutenção de vias públicas, abastecimento de água e conclusão de obras prometidas seguem sem resolução. “Essa decisão de feriadão prolongado mostra como a gestão está encerrando: sem planejamento e sem compromisso com a população”, desabafou um comerciante das proximidades da Prefeitura.
A imagem dos portões trancados com cadeado tornou-se um símbolo da insatisfação de moradores, reforçando o sentimento de abandono por parte da administração pública.