Os consumidores devem ficar atentos nos supermercados para uma provável alta do preço do arroz nos próximos meses. O alerta é da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Entre os motivos que a entidade vislumbra este cenário de escassez estão a quebra da safra 2018/2019, devido às enxurradas na região sul no início do ano, onde se perderam mais de um milhão de toneladas do cereal, além da diminuição de área e produção frente aos altos custos para produzir o grão e o maior nível de exportações do produto brasileiro neste ano.
O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, salienta que o consumidor deve aproveitar os preços praticados atualmente no varejo, pois existem indicativos na mudança de patamar dos valores das gôndolas. “A dona de casa deve aproveitar os atuais patamares de preços do produto em função de que isto deve se alterar no período de entressafra. Isto nos faz acreditar que teremos uma escassez maior no período de entressafra e um valor maior no varejo”, observa.
Com base em dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), referentes à arrecadação da Taxa CDO no mês de setembro, o beneficiamento total, incluindo a saída do arroz em casca e exportações alcançou 661,8 mil toneladas, representando um crescimento de 10,1% sobre o mês anterior, totalizando 4,316 milhões de toneladas no ano safra, e com a média mensal de 623,4 mil toneladas.
Mas se comparado com o mesmo período do ano anterior, há uma retração de 6,6%, com o beneficiamento alcançando, quando o volume foi de de 4,62 milhões de toneladas. “Considerando exclusivamente as vendas para o mercado interno, teríamos, em 2019, um ligeiro aumento em relação ao mesmo período de 2018, mesmo com a expressiva quebra da safra no Estado, e portanto, sendo mantida participação do arroz gaúcho com as vendas fluindo e sem redução, ao que tudo indica também, no consumo do cereal”, salienta o diretor de mercado da Federarroz, Marco Aurélio Tavares.
A Federarroz destaca as boas características do cereal, que é um alimento funcional e nutritivo, sendo um carboidrato de fácil digestão e alto valor energético, não possui glúten, é antioxidante, estimula o funcionamento intestinal e é um alimento que se harmoniza com múltiplas receitas, é barato e essencial na mesa do consumidor brasileiro.