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Federarroz alerta sobre juros livres dos recursos do Plano Safra

Alexandre Velho / Crédito: Paulo Rossi

Alexandre Velho / Crédito: Paulo Rossi

Anunciado esta semana pelo governo federal, o Plano Safra 2024/2025 tem linhas de crédito, incentivos e políticas agrícolas para médios e grandes produtores. Os valores para esta safra são R$ 400,59 bilhões destinados para financiamentos, sendo R$ 293,29 bilhões para custeio e comercialização e R$ 107,3 bilhões para investimentos. Para os arrozeiros gaúchos, contudo, há pontos que poderiam avançar.

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) acompanhou, em Brasília, o anúncio do governo. Alexandre Velho lamentou que a maioria dos recursos ficaram nos juros livres. “O volume de recursos é com juros livres. É a maior parte do valor. Isso preocupa porque isso pode impactar nos custos de produção”, destacou.

Sobre a questão do valor da subvenção do seguro agrícola, o dirigente ressalta que ficou abaixo das necessidades do setor. “Nós precisaríamos de um valor maior”, observou.

CAPITAL FEDERAL

Em reunião realizada nem Brasília no meio da semana, representantes do setor arrozeiro e do governo federal alinharam mecanismos para o abastecimento de arroz no mercado nacional. Após a possibilidade de importação do grão, as partes chegaram a um consenso de forma a valorizar o produto nacional e garantir também que o consumidor brasileiro tenha acesso ao cereal.

Conforme o presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Alexandre Velho, foi alinhado com os ministros da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, um monitoramento dos preços nas praças brasileiras. “Também vamos orientar os produtores no sentido de abastecer a indústria e, consequentemente, trazer tranquilidade com relação aos consumidores, fazendo esse acompanhamento de preços do mercado e também garantir o abastecimento, trazendo uma normalidade ao funcionamento do mercado”, destaca.

Para Velho, esta abertura de diálogo do setor produtivo arrozeiro com o governo federal deu a oportunidade de esclarecer pontos sobre o mercado de arroz. “Também colocamos os grandes riscos que seria para o setor se continuássemos insistindo com a ideia de uma grande importação de arroz ou a continuidade dos leilões. Isto poderia trazer uma insegurança ao setor e inclusive uma ameaça ao tamanho da área plantada de arroz para a próxima safra”, observa.

Crédito: Federarroz

A safra gaúcha de arroz, segundo dados do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), foi de 7,16 milhões de toneladas. Levantamento da Conab mostra que em todo o país a produção foi de 10,39 milhões de toneladas, com um consumo médio pelo brasileiro nos últimos anos de 10,44 milhões de toneladas. De acordo com a Federarroz, esta produção com o volume já importado pelas empresas privadas garante a segurança alimentar do consumidor no mercado nacional.

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