POR VILSON COVATTI
Acumulamos um legado inédito: pela primeira vez, o Rio Grande do Sul sediou o Encontro Brasileiro das Cidades Patrimônio Mundial. O evento aconteceu dos dias 4 a 6 de maio em São Miguel das Missões e teve a participação de dezenas de representantes de municípios e autoridades dos governos federal e estadual.
Receber um evento como esse é algo que pleiteávamos há mais de dez anos. Um ganho que representou o debate de ações e políticas públicas voltadas à valorização do patrimônio histórico e cultural da região. O objetivo é sempre fortalecer o setor e, assim, potencializar a geração de renda e emprego para os gaúchos e gaúchas.
Sabemos que nosso turismo não está alicerçado em cidades históricas, como é comum em outros estados. Mas temos um município com essas características e as Ruínas de São Miguel precisam e merecem estar no radar de quem busca experiências com essa temática. A cidade tem muito a oferecer e é papel do governo fomentar, incentivar e alavancar esse potencial que abrange toda a Região das Missões, onde foi realizado o evento.
São 26 municípios com uma rica diversidade cultural, graças ao grande número de etnias que se instalaram ali. As rotas locais respeitam a herança dos antepassados e expõem um cenário de 160 anos de história.
O Encontro Brasileiro das Cidades Patrimônio Mundial colocou esse cenário em perspectiva nacional. Nos três dias de evento, os participantes trataram da construção do Plano Nacional de Gestão Política do Patrimônio Mundial do País, visando, cada vez mais, a turistas brasileiros e estrangeiros em destinos e riquezas nas regiões do Rio Grande do Sul, reconhecidos mundialmente pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
As Missões, assim como outras rotas e regiões, representam o que o Rio Grande do Sul pode oferecer de melhor, e a Secretaria de Turismo do estado preza pelo reconhecimento nacional e internacional de sua identidade, que conserva as origens do nosso povo. Conforme dados do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o segundo país do mundo em potencial turístico pelos atributos naturais e 9º no ranking dos atrativos culturais.
A educação patrimonial e turística surge como elemento importante, já que através dela são construídos conhecimentos e a capacidade de interpretar, preservar e valorizar os elementos históricos e culturais de cada município. Assim, o Encontro Brasileiro das Cidades Patrimônio Mundial se faz de um ponto de partida para tal promoção e torna possível uma movimentação econômica ainda mais intensa nas regiões turísticas do Estado.
Secretário de Turismo