Um novo estudo internacional aponta como os contraceptivos orais, a gravidez e a amamentação podem afetar o risco de câncer de ovário. Os dados estão no Journal of the National Cancer Institute.
A análise de 21.267 mulheres com câncer de ovário e 26.204 pessoas saudáveis de controle de 25 pesquisas mostrou que os fatores que reduzem a duração da ovulação foram associados à redução do risco de câncer, sendo mais forte do que o esperado com base na supressão da ovulação de maneira isolada. Ou seja, o estudo sugere que esses fatores contribuem para o risco de câncer de outras maneiras. A lista pode incluir a alteração de hormônios ou até mesmo inflamação, por exemplo.
Os pesquisadores ainda identificaram diferenças importantes entre os diferentes subtipos de câncer de ovário.
Saiba mais
O câncer de ovário é uma doença sem sintomas específicos em seus estágios iniciais. Devido à ausência de um método eficaz de rastreamento em mulheres assintomáticas, oito em cada dez casos são diagnosticados em fase avançada. Além disso, por não serem específicos, podem ser confundidos com outras condições clínicas.
Além da idade, os principais fatores de risco incluem infertilidade, início precoce da menstruação, menopausa tardia, nunca ter tido filhos (nuliparidade), obesidade e tabagismo. Fatores genéticos também contribuem para o aumento na probabilidade de desenvolvimento da doença.
No caso do câncer de ovário, quando descoberto na fase inicial, a taxa de sobrevida chega a 90% das pacientes. Nos estágios mais avançados, o índice cai para menos de 50%.
*”MOÇA” é uma coluna com pauta feminina veiculada exclusivamente pelo Portal OCorreio