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Estiagem deixa o Rio Jacuí à míngua

Rio Jacuí: surgimento de pequenas ilhas no leito dão a dimensão do quão preocupante é a situação do principal manancial da região/ Foto: Milos Silveira

 

É desoladora a situação em que se encontra o Rio Jacuí em toda a sua extensão devido à estiagem que castiga o Rio Grande do Sul desde os últimos dias de outubro. A ausência de chuva, o calor extremo e a baixíssima umidade relativa do ar, que se aproxima de níveis de deserto, sugam rapidamente as águas de um dos principais mananciais do Estado, responsável pela irrigação de milhares de hectares de lavouras e pelo abastecimento de municípios com água potável.

Em Cachoeira do Sul, o aparecimento de ilhas na região da Praia Velha da Rua Moron dá o tom da gravidade da situação. Segundo o coordenador da Defesa Civil Municipal, Edson das Neves Júnior, às 7h30min desta sexta-feira (14) o nível do rio encontrava-se em 14,78 metros acima do nível do mar à jusante da Ponte-Barragem do Fandango, o que representa 3,22 metros abaixo do nível considerado normal, que é de 18 metros. É o nível mais crítico das últimas décadas.

A situação se agravou com a falta de manutenção das eclusas da Ponte do Fandango, que atualmente não encontram-se em funcionamento e, assim, não tem sido possível efetuar o barramento para acumular água à jusante da Ponte do Fandango. Por enquanto, a Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan) ainda descarta a possibilidade de racionamento. No entanto, a instituição apela para o bom senso da população. O desperdício de água potável deve ser evitado.

Medidas simples, como lavar o carro com uso de balde, evitar a lavagem de calçadas e procurar acumular roupas para lavar de uma só vez podem ajudar a atravessar esse momento, que é um dos mais desafiadores da história recente em termos de abastecimento para os cachoeirenses.

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