O total de 721 propriedades em 24 quarteirões foi visitado nesta sexta-feira pelo supermutirão contra a Dengue desenvolvido pela Secretaria Municipal da Saúde no Bairro Santa Helena. A caravana de cerca de 50 pessoas, divididas em oito equipes, procedeu a busca dos criadouros e focos de larvas do mosquito Aedes aegypti, tendo como resultado nesta região de 477 imóveis vistoriados, 239 propriedades com acesso bloqueado e 5 acessos não autorizados por moradores. Segundo a agente de endemias Janaína Ferreira Silveira, o maior desafio das equipes no bairro foi o número de piscinas sujas e de vasos de plantas apresentando sinais dos insetos. “A limpeza criteriosa de todo e qualquer espaço contendo água parada é fundamental”, destacou a servidora, argumentando que uma simples tampa de garrafa pode se transformar num foco do Aedes.
Desde o início da campanha de combate à dengue já foram 31 quarteirões percorridos nos bairros Oliveira e Otaviano e outros 28 no Noêmia. Nos casos de denúncias confirmadas pelo setor, ocorrências reincidentes de falta de higiene ou negativas de acesso às propriedades, o Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) deverá notificar os proprietários. Até esta sexta-feira, o órgão contabilizava 203 casos confirmados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) em Cachoeira do Sul, mais 573 pelo menos sob suspeita e aguardando os laudos. O DVS contabiliza um caso de Chikungunya e dois óbitos pela doença.
AÇÃO NOTURNA
Situações como a verificada nesta sexta-feira no Bairro Santa Helena, onde em uma rua foram registrados dez contaminados, estão exigindo do DVS um trabalho noturno específico da equipe técnica, para fins de bloqueio de transmissão viral, através da aplicação de inseticida. A partir de protocolo orientado pelo Ministério da Saúde, os agentes podem desempenhar a tarefa de pulverizar o produto nas áreas infectadas ao amanhecer (a partir das 5 horas) ou no início da noite, o que acabou sendo acatado pelo órgão, entre 18 horas e 21 horas. É que estes são considerados os horários de maior efetividade do trabalho por serem os períodos de circulação dos mosquitos. Os agentes dispõem também de pastilhas para caixas d´água e a estratégia popularmente conhecida como fumacê, que consiste em dispositivos individuais utilizados pelos aplicadores que emitem uma “nuvem” de fumaça com baixas doses de um agrotóxico. Entretanto, lembra Janaína Silveira, uma ação complementa a outra: “não adiantaria aplicar o produto em locais cheios de larvas. Por isto, a atividade diária de localização e eliminação desses criadouros é imprescindível”, detalha.
SEGUNDA-FEIRA NO MARINA
Depois do Oliveira, Noêmia e Santa Helena, a caravana dos supermutirões percorrerá, por ordem, os bairros Marina, Quinta da Boa Vista, São José e Medianeira. A próxima incursão da SMS, em parceria com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, será na próxima segunda-feira, com concentração das equipes a partir das 8 horas, em frente a Estratégia de Atenção Primária (EAP) Marina. A proposta é de que a frente de trabalho promova um pente-fino nas vias públicas e propriedades particulares (nestas mediante permissão do proprietário ou morador), nas áreas que ofereçam risco de procriação do mosquito Aedes aegypti, seja pelo acúmulo de lixo ou de pontos de água parada, auxiliando na orientação dos residentes para a limpeza e organização dos pátios.
NÚMEROS DO BAIRRO SANTA HELENA
Quarteirões percorridos – 24
Propriedades visitadas – 721
Propriedades vistoriadas – 477 (entraram e eliminaram os focos)
Propriedades fechadas – 239 (imóvel sem acesso)
Recusas de moradores – 05 (acessos não autorizados pelos moradores)
Texto: Viviane Souza