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ENTRELINHAS: Sessões duplas na Câmara?

Para abrir o ciclo da coluna “Entrelinhas” e provocar reflexões a partir dos bastidores políticos cachoeirenses, uma das propostas apresentadas na primeira sessão da Câmara de Vereadores em 2019: duas sessões semanais. O autor é o emedebista Marcelo Figueiró. Seria uma forma de mostrar para população que os parlamentares trabalham, sim. E muito. Além de buscar demandas nas ruas (a máxima é que a atuação dos representantes do povo segue fora das paredes do prédio da Câmara sem limite de tempo), os vereadores agora poderiam duplicar seus esforços dentro do Palácio Legislativo. Ah, claro… Dobraria também a produção dos resumos da Câmara em uma mesma semana. E sua respectiva divulgação. E é nesse ponto que os linguarudos que circulam pelos corredores dos esferas públicas locais insistem em defender uma tese absurda. A nova teoria da conspiração de Cachoeira do Sul é que o projeto tem um objetivo nebuloso.

Apesar de ser uma bobagem, cabe a exposição da fantástica história, ao menos para conhecermos a capacidade criativa que brota dos bastidores da Política de Cachoeira. Apenas peço que o leitor não entre em crise de risos ao fim. Os imaginativos insistem em dizer que o real objetivo da proposta é inviabilizar que a divulgação dos resumos das sessões pelo veículo de comunicação que ganhou tal direito – de maneira legítima, aliás – e abrir caminho para atender interesses de seu concorrente. Que besteira.

São tantas invenções que é possível lembrar de uma lista completa até. Desde a lógica ghignattiana em reduzir de 20% para 12% a arrecadação do Município com o Estacionamento Rotativo e a demissão de um fiel amigo até a luta homérica em fazer Cachoeira do Sul ser o último município gaúcho a implantar o Diário Eletrônico. Incompreensível a quantidade de críticas. Economizar R$ 500 mil por ano é para os fracos! O difícil mesmo é abrir mão de tanto dinheiro e ainda assim fazer a vida do cachoeirense melhorar. E um homem sem desafios é um soldado raso. Palmas ao general que não manda no seu próprio quartel.

Termino a primeira coluna “Entrelinhas” com mais uma teoria absurda, mas que fará o dia mais feliz para o já gargalhante leitor. Dizem que se mensagens do celular daquele amigo fiel expulso da Prefeitura fossem divulgadas, um castelo de areia iria ruir. Fidelidade mesmo, senhor dono do celular, é seguir motivos íntimos para sua troca.

Só para rimar: menos bobagem e mais coragem…

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