A escassez de chuvas vem impactando a economia e o dia a dia de Encruzilhada do Sul. Dados da Secretaria Municipal de Agropecuária e Abastecimento e da Emater apontam que as perdas causadas pela estiagem já ultrapassam R$ 48 milhões, afetando severamente a agricultura e a pecuária. Em uma reunião coordenada pela Defesa Civil Municipal ainda na segunda-feira (27), com a participação das principais secretarias de governo, foi apontada a necessidade de decretar situação de emergência no Município, caso não ocorram chuvas significativas nos próximos dias.
A crise hídrica também tem impactado diretamente na educação. A Secretaria de Educação enfrenta dificuldades para retomar as aulas no dia 12 de fevereiro, uma vez que a escassez de água compromete as atividades escolares, atingindo mais de 500 alunos na zona rural. “Estamos avaliando todas as medidas possíveis para impactar o mínimo possível a nossa população e garantir o pleno abastecimento neste período de intenso calor”, esclarece o secretário de Administração e coordenador da Defesa Civil, Gilson Soares.
Equipes da Secretaria de Cidadania já estão atuando nas áreas mais afetadas, como Coxilha Grande e Maria Santa, distribuindo água potável por meio de caminhões-pipa para garantir o fornecimento de água às famílias. Além disso, a Defesa Civil iniciou a instalação de duas cisternas disponibilizadas pelo Governo do Estado. Os equipamentos estão sendo instalados na Escola Marechal Rondon, na localidade de Dom Marcos, e na Comunidade Terapêutica Desafio Jovem Gideões, no Chanã.
Além disso, para reforçar o fornecimento de água à população urbana, a Agea-Corsan prevê iniciar a dragagem dos açudes até sexta-feira (31), como medida emergencial para minimizar os efeitos da estiagem.