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Enchente causou prejuízos de R$ 40 milhões na agricultura

Várzea do Irapuá, em Cachoeira do Sul, teve estradas bloqueadas com a enchente do início do mês / Foto: Arquivo/OC

O prefeito Sergio Ghignatti decretou nesta terça-feira (19) situação de emergência em Cachoeira do Sul pelos danos causados pela enchente ocorrida no início do mês. A região registrou índices de chuva entre 140 e 200 milímetros em diferentes pontos da cidade e do interior, o que elevou o nível do Rio Jacuí para 23,85 metros, 5,85 metros acima do nível normal, e inundou lavouras e áreas ribeirinhas.

A inundação causou prejuízos públicos e privados e danos a residências, o que deixou famílias desabrigadas e desalojadas, além de danos em bueiros de drenagem, estradas e pontes. De acordo com o coordenador da Defesa Civil de Cachoeira do Sul, somente na agricultura os prejuízos chegam a R$ 40 milhões. Lavouras ficaram submersas e o manejo ficou prejudicado na largada da safra 2019/2020.

ARROZ E SOJA

A chuvarada do início de novembro causou sérios prejuízos no cultivo de arroz e atraso na implantação das áreas de soja. Em lavouras mais baixas, próximas ao Rio Jacuí e seus afluentes, produtores perderam áreas plantadas e trabalham no replantio do arroz.

Além da perda de sementes, os produtores amargaram prejuízos também com insumos, como herbicidas, fungicidas e fertilizantes. A doutora em Engenharia Agrícola e consultora do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Jossana Cera, que também é meteorologista, as frequentes chuvas prejudicaram também os manejos da lavoura, como as aplicações de herbicida em ponto de agulha e de ureia no seco e a posterior entrada d’água nas áreas semeadas. “Estes manejos iniciais são cruciais para os produtores manterem a lavoura livre de plantas daninhas, assim como ter o melhor aproveitamento dos insumos colocados no solo”, destacou Jossana em relatório para o Irga.

No último dia 5, o prefeito em exercício, Cleber Cardoso, havia declarado situação de emergência nas áreas do município afetadas pelo vendaval da manhã do dia 29 de outubro.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Edson das Neves Júnior, agora o documento segue para o governo do Estado para homologação estadual e depois para o Ministério da Integração e Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil.

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