Os estados brasileiros têm até o próximo dia 30 de agosto para enviar relatórios e se candidatarem a receberem os certificados e selos de boas-práticas por atingirem a meta de eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis como problema de saúde pública.
Os relatórios serão analisados pelo Ministério da Saúde, que criou um grupo de trabalho para acabar com a transmissão vertical tanto do HIV quanto da sífilis, hepatite B e doença de Chagas. Este grupo de trabalho inclui cinco órgãos e tem o objetivo de integrar e fortalecer as linhas de ação em todo o país.
A diretora de Programa da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Angélica Espinosa Miranda, explica o objetivo da certificação:
A transmissão vertical ocorre quando a doença passa da mãe para o feto no útero ou durante o parto. Mães que vivem com o HIV têm 99% de chance de terem filhos sem o vírus se seguirem as orientações e tratamentos recomendados durante o pré-natal, parto e pós-parto, como: fazer o pré-natal desde o início da gestação, realizar testagem para o diagnóstico precoce e, nos casos de infecção, fazer o tratamento adequado com profissional de saúde.
Cabe lembrar que o SUS fornece insumos para prevenção como preservativos, testes rápidos e exames de diagnóstico. E também os tratamentos capazes de prevenir a transmissão de mãe para filho. Segundo o infectologista do Sabin Diagnóstico e Saúde em Brasília Claudilson Bastos é possível chegar a índices próximos a zero da transmissão vertical de HIV:
Dados do Ministério da Saúde estimam que cerca de 108 mil pessoas vivem com o vírus HIV em seu corpo e ainda não sabem, sendo a maioria jovens entre 15 e 24 anos. Entre 1980 e junho de 2022, foram identificados 1.088.536 casos de Aids no Brasil, segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. Em 2022, foram notificados 16.704 casos de HIV no Brasil.
Fonte: Brasil 61