O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) publicou na edição desta terça-feira (29) do Diário Oficial da União o edital de licitação para reforma da estrutura de concreto da Ponte do Fandango, na BR-153, em Cachoeira do Sul.
Trata-se do RDC eletrônico de número 325/2023, assinado pelo superintendente regional do Dnit, Hiratan Ribeiro da Silva, que traz um alento sobre a situação da ponte, que está desde outubro de 2021, com restrição de tráfego de veículos, desde que foi constatada uma fissura em um dos vãos de concreto da travessia.
O processo aberto pelo Dnit estabelece que o objetivo é a contratação de uma empresa para elaboração dos estudos, projeto básico, execução de engenharia, de obras de reabilitação dos viadutos de acesso e passarela da Ponte do Fandango.
A abertura das propostas da empresas interessadas na obra está prevista para o dia 21 de setembro, às 14h.
Ao contrário de outros editais de licitação, que estabelecia contratação de empresas para cada item de uma obra, desta vez, o Dnit alterou o processo.
Pelo edital, somente uma empresa ficará encarregada do projeto da reforma da Ponte do Fandango. O que não ficou definido é questão de prazos a serem cumpridos. O Dnit, no entanto, deverá definir esta questão a partir do recebimento das propostas.
REFORMA DA PONTE DO FANDANGO É REIVINDICAÇÃO ANTIGA
A Ponte do Fandango em Cachoeira do Sul existe desde 1960 e, deste então, somente o vão central – metálico – sobre o Rio Jacuí recebeu restauro, em um investimento de cerca de R$ 10 milhões. A parte de concreto – onde foi localizada a rachadura no final de outubro de 2021– carece de manutenção há muitos anos.
Durante a obra, que deverá ficar para 2024, não existe por enquanto nenhuma definição quanto a interrupção da passagem de veículos. Tudo vai depender do projeto de reforma da estrutura de concreto a ser apresentado e ter a aprovação do Dnit.
IMPORTANTE
De acordo com o superintendente do Dnit, toda a estrutura de concreto será substituída. Já a metálica existente sobre o Rio Jacuí não sofrerá reparos. “Será uma ponte nova no mesmo local”, observou acrescentando que a parte de concreto será desmanchada, serão reforçadas as fundações, os pilares e as vigas serão trocadas. “Então vamos conviver até dois anos em obras, mas alternando o trânsito”, destacou.
ATENÇÃO
A reforma da estrutura de concreto da Ponte do Fandango é uma reivindicação cobrada há quase dois anos. A travessia é a principal ligação entre as BR-153 e 290, além do acesso à ERS-287. Devido à restrição de veículos pesados na ponte, existe um serviço de balsa que faz a travessia entre a Praia Nova e Rua Moron.
Antes da decisão do Dnit de implantar o sistema Pare/Siga, neste mês, a ponte estava liberada para passagem de veículos de até 24 toneladas. O órgão informa que um laudo apontou restrições no trânsito e, por questões de segurança, foram tomadas precauções. Atualmente, só é permitido o tráfego de veículos de até 18 toneladas.
LONGA ESPERA PARA A PONTE DO FANDANGO
A comunidade da região espera uma solução para a tão aguardada reforma de sua estrutura de concreto da Ponte do Fandango desde outubro de 2021, quando foi constada uma rachadura em dos vãos e o trânsito chegou a ser interrompido.
PONTE DO FANDANGO NA LINHA DO TEMPO
– 29 de outubro de 2021. 22h. A data e o horário estão na história da Ponte do Fandango, porque foi quando ela foi interditada. Quem tomou a decisão? A Defesa Civil de Cachoeira do Sul alertada para um desnível no leito por caminhoneiros.
No dia seguinte – um sábado – técnicos do Dnit, Polícia Rodoviária Federal, representantes da Prefeitura constataram a gravidade do problema.
A solução emergencial encontrada foi a construção de um suporte de concreto embaixo da viga que estava com rachadura. Mas isto demorou. Somente em meados de novembro de 2021, o Dnit iniciou a obra.
Neste meio tempo, sair ou chegar a Cachoeira do Sul ficou um caos. Rotas alternativas surgiram como a RST-287 que dava acesso a Rio Pardo/Pantano Grande/BR-290/Porto Alegre.
Também neste período, surgiu a solução de um serviço de balsa no Rio Jacuí, entre a Praia Nova e a Rua Moron, que demorou para entrar em operação, mas que permanece até os dias de hoje.