Abre ou não abre? Vida ou economia? Saúde ou trabalho? Eita. Em tempos tão polarizados, parece que é preciso ter uma posição. Ou um lado ou o outro. Que nada. Baita visão rasa e estreita. Bom mesmo é ampliar a discussão. Gosto das perguntas. Provocam reflexão e incentivam que um se coloque no lugar do outro. Por exemplo: e se os comerciantes decidissem, em conjunto, que não vão mais pagar impostos e taxas? A decisão seria justificável, uma vez que os obstáculos em faturarem só aumentam na pandemia. Ah vale lembrar: é dos nossos impostos que são pagos salários das mais diversas unidades públicas. De magistrados e parlamentares. É um montante fruto de suor, trabalho e uma dose de loucura. Afinal, empreender nesse país é para loucos. E como esses doidos são fundamentais. Deve doer carregar tanta gente nas costas. Que peso.
A matemática é intragável, por vezes. Se o dinheiro não entra, o que fazer para pagar impostos e taxas? É tão fácil dizer que doentes e mortos não consomem. Difícil é ter que lutar todos os dias para sobreviver. Fácil é não ter um centavo a menos em função da pandemia e receber rigorosamente um salário farto. Difícil é sustentar quem não se coloca no lugar do outro.