Saúde emite alerta sobre a doença no município. Foto: Imprensa/Saúde.
O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal da Saúde, de Cachoeira do Sul, confirmou nesta sexta-feira (26/01) a existência de dois casos de dengue no município. Por isto, o DVS emitiu uma nota de alerta e acrescentou que as duas ocorrências da doença foram confirmadas pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). Ambas são consideradas casos importados, pois um é do estado do Paraná e o outro de Santa Catarina.
O avanço da doença tem sido verificado em vários pontos do país (no Distrito Federal o aumento é de 646% neste início de ano) e tem sido atribuído às alterações climáticas provocadas pelo fenômeno conhecido como El Niño, as quais contribuem para infestações por Aedes aegypti e para a explosão de casos de dengue registrada no Brasil. “A combinação de altas temperaturas e chuvas intermitentes é a receita perfeita para a proliferação do mosquito”, alerta o coordenador do DVS, Luís Carlos Adorne.
A dengue é causada por um vírus RNA do gênero Flavivírus, dividido em quatro sorotipos, seu período de incubação pode variar de quatro a 10 dias, sendo em média de cinco a seis dias no período. A transmissão ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue da pessoa (período de viremia). Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o sexto dia da doença, neste momento sendo recomendado o uso do repelente como medida de controle de transmissão para as pessoas próximas.
Diante da iminência de uma alta circulação viral, o alerta da saúde municipal orienta as pessoas que apresentarem sintomas como febre alta (39° a 40°C) de início abrupto, que geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, fraqueza e abatimento, dor nos olhos, coceira e erupção avermelhada na pele intensifiquem imediatamente a hidratação oral e procurem com brevidade um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados.
ATENÇÃO
A nota técnica explica à população que sintomas de anorexia, náuseas e vômitos são comuns. Podem ocorrer ainda manifestações hemorrágicas leves como manchas avermelhadas e sangramento de membranas mucosas. A presença de fatores de risco como idade, etnicidade, comorbidades e alguma infecção secundária determinam a gravidade da doença. Crianças podem ser mais suscetíveis às formas graves da dengue.
PREVENÇÃO
A principal forma de prevenir a dengue é combatendo o seu vetor, eliminar focos de mosquito todas as semanas, pois o ciclo de ovo do mosquito é de sete dias. Cuidados como uso de repelentes e inseticidas para ambientes com registro na Anvisa, mosquiteiros, telas nas janelas e fechar a casa cedo são importantes. Adotar a limpeza das áreas externas de residências e estabelecimentos comerciais, eliminando focos de água parada seja em objetos ou plantas, são as principais medidas de combate à circulação do Aedes aegypti. Confira em anexo a íntegra do Alerta Epidemiológico do DVS.
Fonte/texto: Viviane Souza/Saúde