Dnit prevê dois anos de obra na Ponte do Fandango

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Dnit prevê dois anos de obra na Ponte do Fandango
CACHOEIRA DO SUL
15 de agosto de 2023 - Ponte do Fandango

O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), além de confirmar que no final deste mês será publicado o edital da nova Ponte do Fandango, na BR-153, em Cachoeira do Sul, revelou que a previsão é de que a obra dure até dois anos.

A informação foi dada pelo superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Hiratan Pinheiro em entrevista à Rádio Gaúcha nesta segunda-feira (14). Ele disse que há pouco tempo foi feito emitido um laudo técnico para avaliar o contexto da ponte e, a partir daí, foi determinada uma restrição no tráfego. Foi implantado o sistema Pare/Siga e estabelecida a passagem de veículos até 18 toneladas.

Ponte do Fandango: espera por reforma está próxima de completar dois anos desde que surgiram sinais de fragilidade na estrutura / Foto: Arquivo

Ponte do Fandango: espera por reforma está próxima de completar dois anos desde que surgiram sinais de fragilidade na estrutura / Foto: Arquivo

De acordo com o superintendente, toda a estrutura de concreto será substituída. Já a metálica existente sobre o Rio Jacuí não sofrerá reparos. “Será uma ponte nova no mesmo local”, observou acrescentando que a parte de concreto será desmanchada, serão reforçadas as fundações, os pilares e as vigas serão trocadas. “Então vamos conviver até dois anos em obras, mas alternando o trânsito”, destacou.

ATENÇÃO

A reforma da estrutura de concreto da Ponte do Fandango é uma reivindicação cobrada há quase dois anos. A travessia é a principal ligação entre as BR-153 e 290, além do acesso à ERS-287. Devido à restrição de veículos pesados na ponte, existe um serviço de balsa que faz a travessia entre a Praia Nova e Rua Moron.

Antes da decisão do Dnit de implantar o sistema Pare/Siga, na semana passada, estava liberada a passagem de veículos de até 24 toneladas. O órgão informa que um laudo apontou restrições no trânsito e, por questões de segurança, foram tomadas precauções.

LONGA ESPERA POR UMA NOVA PONTE

A comunidade da região espera uma solução para a tão aguardada reforma de sua estrutura de concreto da Ponte do Fandango desde outubro de 2021, quando foi constada uma rachadura em dos vãos e o trânsito chegou a ser interrompido.

Rachadura na Ponte do Fandango chamou atenção na época / Crédito: Arquivo

Rachadura na Ponte do Fandango chamou atenção na época / Crédito: Arquivo

Com relação a este contexto já aconteceu de tudo: interdição completa da Ponte do Fandango, implantação de um suporte de concreto na viga com rachadura, liberação em meia pista, liberação em duas pistas e depois passagem também para veículos de até 24 toneladas, promessa da construção de uma nova ponte, além da implantação de um serviço de balsa para travessia de veículos pesados no Rio Jacuí entre a Praia Nova e a Rua Moron.

A atual estrutura é antiga, foi construída em 1960, e desde então não teve manutenção. O que foi feito até agora pelo Dnit, órgão responsável por pontes e rodovias, foi a recuperação há algum tempo do vão central – sobre o Rio Jacuí – num investimento de cerca de R$ 10 milhões mas o restante da estrutura não recebeu a devida atenção.

NA LINHA DO TEMPO

– 29 de outubro de 2021. 22h. A data e o horário estão na história da Ponte do Fandango, porque foi quando ela foi interditada. Quem tomou a decisão? A Defesa Civil de Cachoeira do Sul alertada para um desnível no leito por caminhoneiros. No dia seguinte – um sábado – técnicos do Dnit, Polícia Rodoviária Federal, representantes da Prefeitura constataram a gravidade do problema.

A solução emergencial encontrada foi a construção de um suporte de concreto embaixo da viga que estava com rachadura. Mas isto demorou. Somente em meados de novembro de 2021, o Dnit iniciou a obra.

Neste meio tempo, sair ou chegar a Cachoeira do Sul ficou um caos. Rotas alternativas surgiram como a RST-287 que dava acesso a Rio Pardo/Pantano Grande/BR-290/Porto Alegre. Também neste período, surgiu a solução de um serviço de balsa no Rio Jacuí, entre a Praia Nova e a Rua Moron, que demorou para entrar em operação, mas que permanece até os dias de hoje.

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