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Dnit: licitação da Ponte do Fandango é prioridade “ainda no primeiro semestre”

Crédito: Divulgação

A Comissão de Assuntos Municipais promoveu audiência pública híbrida em Cachoeira do Sul, para tratar da situação da Ponte do Fandango, sobre o Rio Jacuí, interditada desde outubro do ano passado em função do surgimento de fissuras na sua estrutura. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes informou que o assunto é prioridade da Superintendência que tenta a licitação da obra ainda no primeiro semestre de 2022.

Por solicitação do deputado Airton Lima (Podemos), a audiência foi realizada na Câmara de Vereadores de Cachoeira do Sul, com a participação da deputada Zilá Breitenbach (PSDB), Defesa Civil do Município, vereadores e empresários. Também o senador Lasier Martins (Podemos) fez uma intervenção virtual direto de Brasília.

Conforme a engenheira Paula Ariotti, analista de transporte e infraestrutura e Chefe do Serviço de Manutenção do DNIT, a situação do restauro da Ponte do Fandango se encontra em fase final para o lançamento do edital de contratação das obras ainda no primeiro semestre deste ano.

Disse que o Dnit tomou todas as providências para obter a liberação de passagem de pedestres e tráfego de veículos leves no menor prazo possível. Mesmo questionada sobre data precisa, respondeu que não é possível uma vez que o departamento depende de trâmites técnicos e administrativos que estão em andamento para que a licitação ocorra na maior brevidade possível.

“Tendo em vista a urgência, temos a estimativa do primeiro semestre, tendo o mês de abril como meta, e esperamos que ocorra o mais breve possível”, afirmou a engenheira, que participou virtualmente da audiência. Sobre o valor da obra, informou que o projeto está em fase de orçamentação e por essa razão ainda não há definição. Reiterou que se trata da prioridade do Serviço de Manutenção Terrestre do Dnit e assumiu compromisso em encaminhar as demandas da audiência.

O Coordenador da Defesa Civil de Cachoeira do Sul, Edson Junior, informou que em conformidade com a legislação federal, o município decretou situação de emergência pelo colapso de edificação da ponte, o que daria agilidade ao processo e posterior reparação do dano. Mesmo com homologação do governo estadual, não houve reconhecimento pelo governo federal como desastre uma vez que não houve a ruptura total da ponte. Essa negativa significa que o governo federal não aportará recursos para o custeio de solução alternativa, como o pagamento da balsa que está fazendo a travessia de caminhões e ônibus, cujo custo individual é de R$ 65. Reiterou o pedido para que o governo federal reconheça a situação de desastre e assuma as despesas com a balsa.

Também solicitou melhoria na sinalização das duas extremidades da Ponte do Fandango, e semáforos. O local é de difícil manobra para os caminhões e oferece riscos nas entradas e saídas em direção à BR-153. Junior informou que o contrato de reforma é para o vão que fica sobre a parte seca, “o viaduto da ponte não foi objeto de contrato de reforma de reestruturação”. Ele também questionou a falta de fiscalização da obra, que foi entregue em 2018, com custo de R$ 8,2 milhões, com limitação de peso dos caminhões até 26 toneladas, mas o tráfego é de até 90 toneladas, o que teria sido uma das causas do colapso da ponte, “essa sobrecarga pode ter comprometido a ponte”, ponderou.
O proprietário da balsa, João Paulo, também solicitou posição do Dnit a respeito da locação da balsa.

Deputados

O deputado Airton Lima (Podemos), autor da solicitação para debater o tema em audiência pública, registrou a preocupação da comunidade com a interdição da ponte, uma vez que prejuízos estão sendo acumulados tanto para a indústria, comércio, agricultura e para os munícipes. Houve aumento no tempo de percurso até a Capital e também no custo da passagem de ônibus, assim como os caminhoneiros enfrentam longas esperas aguardando a passagem dos veículos leves para depois cruzarem a ponte, além dos custos com a balsa. “São inúmeros os problemas que somente o governo federal e o Dnit podem resolver”, assegurou. Referiu o custo da obra, R$ 8,2 milhões, e cobrou fiscalização da obra e responsabilização da empresa que realizou o serviço.

A deputada Zilá Breitenbach reiterou as dificuldades vivenciadas pela comunidade com a interdição da ponte, fato que repercute em toda a região central do estado. Observou também que a economia local sofre danos e, por essa razão, solicitou urgência ao Dnit para encaminhar o processo. Além da recuperação da ponte, recomendou a construção de uma nova ponte, colocando-se à disposição para agilizar essa urgência da região.

Durante a audiência, diversos vereadores se alternaram na tribuna, apontando as dificuldades vivenciadas pelo município com essa situação, em especial os caminhoneiros, que amargam os altos custos do combustível, diesel e ainda a locação da balsa. Apontaram também os prejuízos ao transporte do arroz produzido em larga escala no município, assim como os reflexos na economia local.

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