Com apenas 10 anos, Pedro Neto Silva Clemens, estudante do 6º ano da Escola Estadual de Ensino Fundamental Ramiz Galvão, de Rio Pardo, vê como diversão coisas que a maioria das crianças de sua idade não veem: adora estudar temas como astrofísica e meio ambiente e tem como “xodó” uma maleta com materiais e livros usados para fazer experimentos. O menino é aluno de altas habilidades, mais comumente conhecido pelo termo “superdotado”.
Quando saiu da Educação Infantil, a professora no 1º ano de Pedro percebeu que o garoto fazia as atividades propostas com muita facilidade e terminava muito antes dos seus colegas. Ela, então, começou a passar exercícios mais avançados para o menino e suspeitou de que ele tivesse altas habilidades.
Com a confirmação da superdotação, a partir de laudo feito em Santa Cruz do Sul, em vez de Pedro ir para o 2º ano, já foi matriculado diretamente no 3º. No ano seguinte, ao perceber que a criança continuava muito avançada em comparação com seus colegas, o garoto foi para o 5º ano, em vez de ir para o 4º. “Eu me sinto bem igualado a eles”, comenta.
A maior habilidade de Pedro é em disciplinas relacionadas a Matemática. Quando foi passado para uma série mais adiantada do que a sua, o menino conta que ficou feliz, porque teria mais amigos. “Quando meus colegas tinham dificuldade, eu ajudava eles. Agora, sigo fazendo isso com os novos”, conta.
No futuro, o garoto pretende ser astrofísico. Atualmente, trabalha em um projeto chamado “Entender astrofísica para ajudar a entender a Terra”. O trabalho consiste em trazer informações sobre astrofísica e sustentabilidade, a fim de conscientizar as pessoas sobre o que estão fazendo com o meio ambiente e a como ajudá-lo. Pedro está fazendo o projeto com a professora da sala de recursos, mas pretende apresentá-lo em breve para a sua turma. “Combinamos de fazer experiências no meu projeto e, depois, fazer um dia para a minha turma, para darem ideias e sugestões”, relata.
Na sala de recursos, Pedro recebe trabalhos extracurriculares. Além do projeto sobre astrofísica, o estudante já se envolveu, por exemplo, na elaboração de um aplicativo para a sua escola, no qual era possível registrar chamadas, incluir o cardápio do dia da merenda, conversar com pais e responsáveis e mandar os boletins. O menino também faz experiências diversas, envolvendo magnetismo, plantas, água e reações.
Sobre suas altas habilidades, Pedro diz que seus colegas sempre lhe perguntavam como ele conseguia, e diziam que queriam ser como ele. “Eu sempre digo que é só estudar. Eu consegui isso estudando, qualquer um consegue chegar lá, se estudar. Qualquer coisa, posso ajudá-los a fazer os projetos que eles quiserem”, oferece.