A Secretaria de Cultura realizará, na próxima quinta-feira (21), uma palestra em alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro. O evento começará às 18h30, na Casa de Cultura Paulo Salzano Vieira da Cunha e contará com a participação de Lair Vidal e Sérgio dos Santos Júnior, que trarão reflexões sobre o tema “Negritude em pauta”.
Este ano, pela primeira vez, o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra será feriado nacional. A nova lei 14.759/23, sancionada em dezembro de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, declara o dia 20 de novembro feriado em todo o Brasil. A data homenageia a resistência e luta de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares, que foi morto em 20 de novembro de 1695.
Sobre os palestrantes
Lair Vidal, professora aposentada e ativista, tem longa trajetória de dedicação à educação e à cultura em Cachoeira do Sul. Com passagens pela Diretoria de Educação, Cultura e pelo Museu Municipal, Lair é uma presença ativa em projetos de valorização da cultura afro-brasileira. Atualmente, ela preside a Comissão da Mulher na Academia Cachoeirense de Letras e contribui para a literatura local, com poemas publicados em colunas como o JP Literário. A professora também teve seu rosto estampado no livro “Rio Grande do Sul, aspectos da negritude”, na década de 80.
Sérgio dos Santos Júnior, ativista e funcionário público municipal, também contribuirá para a discussão sobre o papel da negritude na sociedade brasileira. Com atuação no movimento negro, Sérgio destaca-se na defesa da igualdade racial e no engajamento comunitário.
História do Dia da Consciência Negra
A celebração do Dia da Consciência Negra tem suas raízes no ano de 1971, quando o Grupo Palmares, em Porto Alegre, organizou um evento para homenagear a resistência negra. Em 1978, o Movimento Negro Unificado (MNU) assumiu oficialmente a data como marco da luta contra o racismo, destacando a importância de figuras históricas como Zumbi dos Palmares, que liderou o maior quilombo das Américas e lutou pela liberdade dos afrodescendentes escravizados.
Em 1694, após quase um século de resistência, o Quilombo dos Palmares foi destruído pelas tropas coloniais, e no ano seguinte, Zumbi foi morto. Desde então, seu legado tem inspirado movimentos de resistência e políticas de valorização da cultura afro-brasileira em todo o país.